Sem acordo com o prefeito Carlos Amastha (PSB), a greve de fome dos professores de Palmas já entra do quinto dia, nesta segunda-feira, 25. Entretanto, na manhã deste domingo (23), dois professores desistiram após passarem mal e foram levados para o Hospital. Ao todo, o tempo de paralização completa 19 dias.
De acordo com o Sintet, os professores Antônio Chadud Jorge e Vinicius Luduvice deixaram a greve de fome no último sábado após apresentarem complicações. Eles foram socorridos, levados ao hospital, medicados e já estão em casa. Por recomendação médica, não puderam prosseguir na abstinência de alimento. Outros cinco permanecem na greve de fome.
Um vídeo divulgado no sábado (23) mostra o professor Vinícius Luduvice antes de passar mal, comentando sobre a greve. "Palmas é vendida para o Brasil inteiro como educação de referência e excelência. Más só fica muitas vezes no marketing. Esquece de olhar para uma das principais coisas da educação que são os trabalhadores".
Ele faz duras críticas à gestão de Amastha, chamando-o de "empresário" e "intransigente". Também diz que o prefeito não dialoga e denuncia perseguição aos grevistas.
"O prefeito ao invés de dialogar, de propor, de realmente querer avançar, preferiu justiça e nela ele conseguiu já não sei quantas liminares, todos os dias ele consegue uma liminar. Ele começou com a verdadeira caça aos trabalhadores da educação, não parou de amedrontar, oprimir e de ameaçar, dizendo que iria cortar o ponto, que iria perder a carreira, que iria exonerar".
Em vídeo, o diretor do Sintet, Joelson Pereira, também alfinetou o prefeito Carlos Amastha, pré-candidato ao Governo do Tocantins.
"Estamos num momento extremamente importante da nossa greve, do nosso movimento legítimo, em busca do reconhecimento dos nossos direitos. O prefeito ditador, desumano, Carlos Amastha, insiste em não reconhecê-los. Mas nossos companheiros que estão (...) em greve de fome, não podem sofrer mais "
Nesta segunda-feira (25), às 14h00, está marcada uma Audiência Pública na sede do Ministério Público Estadual para a discutir a situação da greve. Além dos grevistas, representantes da OAB estarão presentes para buscar uma solução para o impasse.
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