
O Tribunal do Júri condenou dois ex-policiais acusados de envolvimento na morte do advogado Danilo Sandes, ocorrida em julho de 2017 em Araguaína. A sentença foi dada na tarde desta quarta-feira (21), no segundo dia de julgamento.
O policial militar do Estado do Pará, Rony Macedo Alves Paiva foi condenado a 25 anos e 2 meses de prisão. Já o ex-policial, também paraense, Wanderson Silva de Sousa, pegou 26 anos, 5 meses e 14 dias de prisão.
Eles foram para o banco dos réus por serem acusados de envolvimento na morte do advogado araguainense Danilo Sandes. O acusado de encomendar o crime trata-se do empresário e farmacêutico Robson Batista da Costa.
O farmacêutico e o outro acusado, João Oliveira Santos Júnior, recorreram e aguardam decisões de recursos.
Segundo a investigação da Polícia Civil, o ex-policial militar Rony Marcelo Alves de Paiva é apontado como o mentor do plano e Wanderson Silva de Sousa (ex-militar) teria sido o motorista.
Relembre
O advogado Danilo Sandes, 30 anos, desapareceu no dia 25 de julho de 2017, e o corpo foi encontrado quatro dias depois, às margens da TO-222. Ele foi executado com dois tiros na nuca e o corpo foi deixado num local a céu aberto.
Conforme investigação da PC, o farmacêutico Robson Batista teria encomendado crime. Na época, ele disputava uma herança de R$ 7 milhões e propôs ao advogado que o ajudasse a esconder parte do dinheiro dos demais herdeiros. Danilo se recusou a participar da fraude e, insatisfeito, o farmacêutico encomendou a morte dele.
A investigação do caso foi realizada pelos delegados José Rérisson Macêdo e Guilherme Torres, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Araguaína (DHPP).
Segundo o MPTO, o farmacêutico pagou R$ 40 mil, em duas parcelas, ao grupo de extermínio formado por militares para planejar e executar o crime.