Em sessão do Tribunal do Júri realizada na quinta-feira, 28, dois réus acusados de matar um homem na cidade de Araguaína, no contexto de uma rivalidade entre facções criminosas, foram condenados a penas de até 24 anos de reclusão. O crime aconteceu em junho de 2023, tendo como vítima Aquiles dos Santos Arruda Júnior, de 32 anos de idade.
Na sessão, os jurados acolheram as teses do Ministério Público do Tocantins (MPTO) relativas à prática de homicídio qualificado por motivo torpe, mediante emboscada e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A vítima foi surpreendida à noite, ao descer de sua moto para abrir o portão da entrada de sua casa. Ele foi morto a tiros, atingido por 15 disparos.
Os autores do crime são Walisson Trindade Pardim, condenado a 24 anos e seis meses de reclusão; e Douglas Teixeira Fernandes, condenado a 21 anos e 10 meses de reclusão. Eles já se encontravam detidos preventivamente e passarão a cumprir a pena de imediato, em regime inicialmente fechado.
Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, os réus integravam uma organização criminosa rival à da vítima, e esse teria sido o motivo do crime.
No Tribunal do Júri, a acusação contra os réus foi sustentada pelo Promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida.
O crime
O homicídio ocorreu na noite de 6 de junho, quando a vítima chegava em sua residência, no Jardim Topázio, e ao abrir o portão para guardar seu automóvel, foi surpreendido por dois homens os quais efetuaram vários disparos na direção da vítima, a qual foi atingida por nove tiros, sobretudo nas costas, vindo a óbito no local.
Logo após o fato, as equipes da 2ª DHPP iniciaram as investigações e conseguiram identificar um dos autores que executaram a vítima.
Motivação
As investigações da Polícia Civil também revelaram que o crime teria sido motivado por briga entre facções rivais, sendo que a vítima teria vínculos com um grupo rival dos suspeitos, os quais planejaram o crime e o executaram.
Depois de ser preso, o homem foi conduzido até a sede da 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Araguaína, onde foi ratificada a prisão em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, e também dado fiel cumprimento ao mandado de prisão por condenações anteriores.
De acordo com a PC, as investigações continuam para identificar se a arma apreendida em poder do suspeito foi a mesma usada no homicídio de Aquiles e para elucidar quem foi o segundo autor do crime.
Após a realização das providências legais cabíveis, o indivíduo foi recolhido à Unidade Penal Regional de Araguaína, onde aguardará manifestação da Justiça.
Para o delegado Breno, a prisão é de grande significado, pois será possível elucidar toda a dinâmica do crime e retirar de circulação seus autores.
“Trata-se de um crime grave, que teve grande repercussão na cidade de Araguaína, devido a forma como foi praticado. Nesse sentido, a prisão efetuada pela 2ª DHPP hoje representa uma resposta institucional da Polícia Civil a esse delito gravíssimo, o qual será totalmente esclarecido com a identificação de seus autores e para que estes respondam pelo crime de homicídio qualificado”, pontuou o delegado.