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Eclipse solar anular será visível em todo o Tocantins neste sábado (14); veja cuidados e horário

Fenômeno será visto no Tocantins de forma parcial e anular. Somente a região do Bico do Papagaio vai poder ver quando a lua se posiciona ao centro do sol.

Eclipses solares acontecem toda vez que a Lua entra na frente do Sol, projetando assim uma sombra na superfície terrestre
Foto: Drew Rae/Freepik

O dia vai virar noite em parte do Brasil neste sábado (14) devido ao eclipse anular do Sol, fenômeno que ocorre uma ou duas vezes por ano e acontece quando a Lua fica alinhada entre a Terra e o Sol.

Nove estados do Norte e Nordeste poderão assistir ao fenômeno de forma completa, são eles: Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. No restante do país, ele será parcial. Ou seja, quem olhar para o céu verá o Sol "mordido" pela Lua.

No Tocantins

No Tocantins, o fenômeno vai poder ser visto de todo o estado, mas de maneiras diferentes.

O início do eclipse no céu do Tocantins está previsto para 15h09. O contorno anular deve aparecer às 16h35, e o fim do evento às 17h55, totalizando quase três horas de eclipse. Existem pelo menos três formas em que o evento astronômico pode acontecer:

  • Anular - quando a lua se posiciona ao centro do sol, deixando um “anel de fogo” nas bordas;
  • Parcial - quando só uma parte do sol é tapada pela lua;
  • Total - quando a lua consegue tapar por completo o sol.

No Tocantins poderão ser vistos o anular e o parcial.

De acordo com Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, só a região do Bico do Papagaio será possível ver o eclipse anular. Em Palmas, a lua vai cobrir cerca de 82% de forma parcial. Quanto mais ao sul do estado, menos vai ser a cobertura da lua pelo sol. Em Gurupi, por exemplo, a cobertura vai ser de 73%, explicou.

Eclipse solar anular no Brasil — Foto: Luisa Rivas/Arte g1

Onde assistir

Algumas organizações no estado vão fazer eventos para que o eclipse possa ser observado com mais clareza. O projeto de extensão Astronomia na Praça da Universidade Federal do Tocantins (UFT), do campus de Gurupi, é um dos exemplos. A partir das 15h de sábado, o projeto vai disponibilizar equipamentos no bloco G. Profissionais também estarão na UFT para explicar todo o processo do fenômeno.

Em Palmas, o professor Luiz Augusto da Silva e alunos de cursos do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), estarão na Praia da Graciosa para acompanhar o fenômeno. Eles estarão com equipamentos montados da forma adequada para observação.

Segurança dos olhos

Apesar de lindo, o evento pode ser perigoso para a visão. A astrônoma do Observatório Nacional explicou que não é seguro olhar direto para o eclipse.

Só olhar para o sol já é perigoso. O que acontece é que pela a curiosidade do eclipse, as pessoas olham diretamente para o ele, isso pode causar problemas na retina", alertou Josina.

Além disso, usar materiais improvisados durante a observação também não é seguro. “Óculos escuros, chapa de raio-x ou filmes de fotografia ainda deixam passar a radiação solar, o que causa problemas na visão", disse a astrônoma.

Segundo as orientações do Observatório Nacional, a observação deve ocorrer o uso de filtros especialmente adaptado para poder ver o fenômeno de forma segura. Entre os tipos está o filtro de soldador número 14 ou maior, que vai proteger os olhos da alta luminosidade.