Em pronunciamento na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (19), o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) usou a tribuna para contestar a investigação do Ministério Público federal sobre desvio de R$ 4 bilhões da saúde, entre 2012 e 2014, durante o governo de Siqueira Campos.
O parlamentar disse que os apontamentos do MPF são “inexistentes e matematicamente impossíveis”, e complementou. “Se já é uma verdade nesta Casa que 90% dos recursos da Saúde são utilizados em folha de pagamento, sendo que o orçamento da Saúde é de R$ 1 bilhão por ano, como em dois anos pode ter havido um possível desvio de R$ 4 bilhões? Essa é uma acusação que não cabe na matemática”, questionou.
O deputado defendeu seu pai, afirmando que aos 88 anos de idade â?? 53 deles vividos no Tocantinsâ?? nunca houve condenação contra Siqueira Campos.
Eduardo aproveitou para lembrar da recente decisão da Assembleia Legislativa que negou autorização para o Superior Tribunal de Justiça processar o governador Marcelo Miranda, em processos que investiga supostas irregularidades da Saúde. (Com informações da Assessoria)
“Creio que nenhum parlamentar desta Casa irá discordar que a tese que vale para o atual Governador, vale também para o ex-governador Siqueira Campos”, recordou.
Deputado contestou ainda a divulgação de pagamentos a empresa Litucera, após a renúncia de Siqueira Campos do Governo do Estado.
“Somente ontem apareceram três notas de outubro de 2014, de novembro, de maio de 2014, e ele (Siqueira) sequer estava no Governo. Não estou dizendo que o ex-governador Sandoval é culpado porque a data é aquela, mas colocar as datas, colocar as notas, dizer que as notas eram duplicadas e atribuir ao Governador que não estava mais no Poder não é aceitável. É uma imprecisão de datas que merece correção. O dano à imagem é irreparável em certas questões”, afirmou o parlamentar ao se referir a reportagem veiculada no Jornal Anhanguera segunda edição, nesta segunda-feira, 18.
Ele também saiu em defesa da ex-secretária de saúde Vanda Paiva. Declarou que acredita que a ex-secretária sairá “ilesa” das acusações. “Todos viram seu esforço, mulher de vida simples, professora universitária de três matérias, mestre em outras matérias, dedicada. Errar todos podemos e não devemos pré-julgar sem que o processo vá a instância final”, finalizou.
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