
Os 25 atletas que jogaram toda a primeira fase do Tocantinense pelo Araguaína continuam sem recebe os salários atrasados. São três meses de atraso. O time do Araguaína deixou a competição no dia 2 de junho, há 23 dias, quando não conseguiu se classificar à segunda fase da competição. No alojamento do clube, no estádio Mirandão, em Araguaína, seis jogadores e um massagista esperam receber os atrasados.
- Estamos no alojamento, eles vêm aqui e oferecem um pouco de dinheiro para o grupo ir embora. Eles devem para cada um cerca de R$ 5 mil ou até mais e chegam querendo dar R$ 1.500. Para alguns eles devem uns três meses e outros dois. Eu tenho três meses para receber. Quitaram dois, e disse que fez acordo comigo, mas nunca nem falaram nada - disse o goleiro Welder Aurora. Ele chegou a se lesionar durante a segundona do Tocantinense em 2017, e desde então permanece no clube.
Mas o drama vai além, o atacante Batata, que atuou pelo clube luta dia após dia pela saúde do filho, que foi diagnosticado com leucemia.
- Meu filho segue no hospital, e não recebi até o momento um contato por parte da diretoria do Araguaína falando do salário. Não tenho nem dinheiro para abastecer e ver o meu filho no hospital - afirmou o atacante Batata.
Para os jogadores a situação é vergonhosa por parte de um clube profissional, que tem tradição dentro do estado.
- Um clube sem compromisso. Muita mentira por parte da instituição - disse Welder Aurora. O atleta informou que eles estão se alimentando com doações de empresários.
O GloboEsporte.com procurou a diretoria do Araguaína para se posicionar sobre o fato, mas até a publicação da reportagem não havia se manifestado.