Fernando Almeida
Foi realizada na noite desta quinta-feira, 16, a reconstituição do assassinato dos empresários araguainenses Demerval Correia Freire e Lenir da Silva Freire, na fazenda Aldeia Bonita no município de Wanderlândia (TO). Durante 5 horas o caseiro João Batista Lopes Freitas (28), assassino confesso, e a companheira Ângela Peres da Silva (19 anos), simularam com riquezas de detalhes a noite do crime.
João Batista manteve sua versão de que matou, nas palavras dele, “somente seu Demerval” e que a companheira Ângela foi a responsável pela morte de Lenir da Silva. Afirmou ainda que na premeditação do crime, no transporte dos corpos e no enterro, os dois praticaram em comum acordo.
Versão do caseiro
Para o caseiro João Batista voltar ao local do crime com as mesmas condições climáticas da data em que ocorreu é “uma sensação horrível.” No entanto, ele considera “bom” por uma oportunidade de demonstrar a sinceridade e a verdade. Ainda jogou a culpa na esposa, pois “era para mudar de vida. Na verdade foi ela que praticou este crime. Foi ela que praticou. Foi ela que me deu as ideias e eu apenas concordei e agi.”
Versão de Ângela
Durante a reconstituição, a esposa do caseiro Ângela Peres apresentou uma versão diferente sobre a morte de Lenir afirmando que não desferiu nenhum golpe de madeira e nem matou. No entanto, contou que ajudou o esposo a transportar os corpos na carroceria da caminhonete. “Eu não matei ela. Foi ele que matou. Eu só ajudei levar os corpos e enterrar.”
As versões do caseiro e da esposa são as mesmas em relação ao objeto para desferir golpes no casal de empresários. Segundo eles, foi utilizado um pedaço de madeira. Ângela explicou que não matou com faca ou ferro por ser muita crueldade e ele não ter coragem. “Não sei como, mas ele disse que não teve coragem.” Ângela ainda encontrou um bocal de caneta, que segundo ela, era utilizada por dona Lenir. “Olha a prova de que estou falando a verdade,” afirmou ela em relação ao local que o corpo estava.
Contradições
Para o delegado responsável pelo caso, Rerisson Macedo, ao mesmo tempo os dois falam a verdade. “Existem pontos que os dois falam a verdade e existem pontos que os dois mentem justamente para tentar se eximir de alguma participação.” Isso porque no caso da morte de dona Lenir, um joga a culpa no outro. Mas segundo Rerisson, não resta dúvidas que tanto João Batista quanto Ângela participaram da morte de Lenir, pois ela morreu por causa de “três lesões provocadas por duas ações.”
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