A greve dos professores e a onda de manifestações continuam em todo o Estado. Nesta quarta-feira (2), além da interdição da BR-153 em diversas cidades às margens da rodovia, os professores ainda promoveram o velório, simbólico, da educação na cidade de Tocantinópolis, região norte do Tocantins.

O manifesto realizado no centro da cidade chamou bastante atenção da população, contou com a presença de alunos e foi motivado pelo desrespeito do Governo do Estado em relação à educação. A categoria disse ainda que é uma resposta às intimidações constantes aos professores. O ato terminou em frente ao cemitério da cidade.

Segundo o presidente regional do Sintet, professor Cleber Borges, o “enterro da educação” significa um desabafo e uma resposta à falta de abertura do governo com relação às reclamações da categoria. “O Tocantins morreu e morreu também a democracia. A secretaria fica fechando as possibilidades de negociação e isso nos indigna cada vez mais”, disse o presidente.

Apesar da greve ter sido declarada ilegal pela Justiça no último dia 28 de março, os professores estão mantendo a paralisação. A reunião entre governo e sindicato, no dia 31, não avançou em nada, já que o secretário Lúcio Mascarenhas, “porta voz” do governador, disse que só vai negociar com a categoria após o fim da greve e o retorno ás salas de aulas. Os professores estão de braços cruzados desde o dia 24 de março.

Ato terminou em frente ao cemitério de Tocantinópolis