Ramila Macedo/Araguaína Notícias

Um encontro realizado neste final de semana reuniu mulheres de cabelos crespos, cacheados ou transicionados no parque Cimba em Araguaína. A iniciativa destacou a beleza do cabelo cacheado e também serviu como forma de empoderamento das mulheres que assumem a identidade natural do cabelo e lutam contra o preconceito.

Cerca de 30 mulheres participaram do encontro, onde se uniram para assumir as origens sem medo. Uma mostra que também revela mudança de comportamento da mulher, que não segue o “padrão lisinho”. Elas trocaram experiências e debateram sobre preconceito que sofrem por assumir o natural e ir contra a imposição da chapinha.

A iniciativa foi idealizada pela comunidade Cachaeadas In Love, um grupo criado pela participante Ana Castro. Ela conta que pretende ir além com realização de projetos sociais e doação de alimentos a entidades beneficentes de Araguaína dentre outras atividades.

  
Ana Castro, idealizadora do grupo Cacheadas in love

Segundo Ana Castro, o foco principal será “a conscientização contra a imposição da sociedade sobre padrão de beleza e alegria as casas de apoio na cidade, que contam com pessoas carentes e crianças, muitas delas crespa ou cacheada que se sentem mal por ter o cabelo assim, e só ver na televisão e revistas meninas de cabelo liso”.

Para Kauany Fernandes, estudante e estagiária, a expectativa é de mais encontros futuramente. “Este foi o primeiro de muitos encontros que ainda estão por vir. Pretendemos não só tratar de beleza e aceitação, mas levar para o lado de projetos sociais. Já estamos organizando o segundo encontro e logo teremos data e local. Apenas sei que este segundo encontro será para ajudar as meninas da casa Ágape”.

Na avaliação de Ana Castro, o 1º encontro da Comunidade Cachaeadas In Love trouxe um sentimento de gratidão. “Ver aquelas meninas sorrindo pelo fato de estarem felizes por terem seus cabelos crespos e cacheados, a maioria ainda na transição capilar, querendo voltar com os cabelos naturais. O sentimento é de muita felicidade.  E fico mais feliz ainda em saber que o nosso grupo "Cachedas in love", que começou com umas 6 garotas apenas, garantiu um espaço tão grande na cidade. O sentimento é de gratidão! " conta