Com a greve dos professores deflagrada desde o último dia 24, várias equipes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet), da regional de Araguaína, estão percorrendo os municípios para ouvir, orientar a categoria e também verificar in loco as condições de trabalho nas escolas.


Chegando a Filadélfia (TO), a situação constatada pelo Sintet foi de total abandono e descaso na Escola Estadual Adevaldo de Oliveira Morais. A unidade atende cerca de 400 alunos e ainda não foi interditada por pura negligência das autoridades competentes.

De acordo com a diretora sindical Rosy Franca, as condições de trabalho dos professores na escola são desumanas. As paredes apresentam várias rachaduras e algumas partes caindo, o teto também não tem nenhuma segurança e nem escoa a água da chuva, as fossas estão a céu aberto e os professores não tem mais local para planejamento por que a sala destinada para esta finalidade pode desabar a qualquer momento. “A senhora secretária de Educação continua ainda sem entender quais as razões que levaram os profissionais da educação a deflagrarem uma greve?”, questionou a diretora sindical.

As paredes também não recebem nenhuma pintura há muito tempo e o mofo toma conta dentro e fora. As telhas estão caindo.

O Sindicato alerta que as rachaduras na estrutura do prédio comprometem e colocam em risco a segurança de toda a comunidade escolar. A escola foi construída há mais de meio século e os problemas pioraram em decorrência dos impactos causados pela construção da Usina de Estreito, que umedeceu o lençol freático acima do normal.

A escola é uma das principais unidades de ensino da cidade e Filadélfia. Oferece ensino do 1º ao 6º, o ensino médio completo e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Vistoria

Em abril de 2012, engenheiros da Seduc estiveram na escola e constataram os graves problemas estruturais. Na época informaram que os alunos seriam transferidos para outra escola, mas nada mudou, conforme o Sindicato.

De acordo com os professores da Escola Adevaldo de Moraes, agora não há sequer previsão para que os alunos sejam transferidos. Ainda em 2012 a Secretaria de Educação anunciou que seria construída uma nova escola no Município para atender esses alunos.