Fernando Almeida 

Cerca de 300 estudantes do Colégio Estadual Guilherme Dourado, em Araguaína  deixaram de assistir as duas últimas  aulas na manhã desta sexta-feira, 22, em protesto contra a interferência política na educação e más condições da estrutura física na unidade escolar.  Nos cartazes, os alunos reclamavam das goteiras nas salas de aula, da falta de material pedagógico e reivindicavam uma escola “Padrão Fifa”. 

Protesto interno

O protesto iniciou por volta das 9h00 quando os estudantes saíram para o intervalo e se reuniram na quadra esportiva da escola. No entanto, somente após as 11h15 os estudantes saíram para a parte externa. Neste período de duas horas os manifestantes ficaram presos na quadra, pois o diretor do Colégio Irair Dias Pereira proibiu a entrada da imprensa e não autorizou a saída dos estudantes para realizarem o protesto na rua.  

Protesto externo

Após duas horas de protesto interno, os estudantes foram liberados e a rua foi interditada pelo ato pacífico. Em frente à unidade escolar, com cartazes exigindo melhorias na educação, eles cantavam em coro “eira eira eira, na minha sala tem goteira.”  Em outros cartazes haviam protestos “Não a corrupção na Educação!”, “Não Aguentamos mais estudar em salas saunas” e “Queremos escola padrão Fifa.” 

Falta de estrutura e material pedagógico

Segundo os organizadores da manifestação, a estrutura do Colégio está precária. São 13 salas de aula e cerca de 1200 estudantes em três turnos. Sendo que há apenas dois data shows. Outro problema relatado é o laboratório de Química que está sem funcionar e uma lousa digital que não pode ser utilizada pelo fato do colégio não possuir um profissional habilitado para manuseá-la.

Reclamação do professor

A professora Iracir Ferreira Brito também apoiou a manifestação e cobrou melhorias para o Colégio. “ A nossa reivindicação é por uma estrutura melhor na escola, porque aqui a situação está realmente caótica. Aqui tudo é gambiarra, na questão da energia. As salas não tem ventilação, não são arejadas,” denunciou.  

Precariedade na estrutura

Imagens feitas por alunos mostram ventiladores queimados, goteiras no teto das salas e portas quebradas. A organização do manifesto também vai encaminhar a denuncia ao Ministério Público Estadual.  Outra cobrança é que o Colégio não possui sistema de prevenção contra incêndios, extintores e nem saída de emergência, segundo os alunos.  Esta denuncia será formalizada no Corpo de Bombeiros de Araguaína.  O diretor do Colégio Irair Dias Pereira não gravou entrevista.

Reivindicações

Ao final do protesto, uma lista de reivindicações dos alunos foi entregue ao diretor do Colégio.

 1)    Ventilação das salas

2)    Climatização das salas

3)    Reforma na parte elétrica

4)    Melhorias na merenda escolar

5)    Projetos culturais abertos a comunidade

6)    Papel higiênico e sabonete nos banheiros

7)    Curso para uso da lousa digital para professores

8)    Mais saídas de emergência

9)    Climatização imediata para auditório e laboratórios

10) Camisetas de formandos para terceiro ano

11) Grêmio estudantil