Notícias

Estudo brasileiro aponta ligação entre Síndrome de Ehlers-Danlos e traços de autismo em pessoas predispostas

Novo estudo brasileiro publicado na revista científica Ciência Latina, assinado pelo Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela e pelo mestrando em psicologia Adriel Silva, aponta conexão inédita entre a Síndrome de Ehlers-Danlos e o Transtorno do Espectro Autista, com base em falhas neuroquímicas compartilhadas

Estudo brasileiro que aponta conexão inédita entre Síndrome de Ehlers-Danlos e traços de autismo em pessoas predispostas, oferecendo novas perspectivas para diagnóstico e tratamento.
Foto: Divulgação

Um novo estudo brasileiro publicado na revista científica Ciência Latina, assinado pelo Pós PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela e pelo mestrando em psicologia Adriel Silva, aponta uma conexão inédita entre a Síndrome de Ehlers-Danlos e o Transtorno do Espectro Autista, com base em falhas neuroquímicas compartilhadas.

Síndrome de Ehlers-Danlos e possíveis manifestações autistas

Uma condição genética rara, conhecida por causar hiperflexibilidade articular e alterações no tecido conjuntivo, pode estar relacionada a manifestações do espectro autista em pessoas com predisposição.

O estudo, publicado na revista Ciência Latina, sugere que a Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) compartilham alterações no funcionamento de um mesmo sistema do cérebro, conhecido como GABAérgico, responsável pela regulação emocional, controle sensorial e estabilidade autonômica.

“A disfunção no sistema GABAérgico pode explicar por que alguns pacientes com SED apresentam sintomas típicos do espectro autista, como hipersensibilidade sensorial, ansiedade social e dificuldades de regulação emocional”, explica o Dr. Fabiano.

Quando duas condições se encontram

Historicamente, a SED e o TEA foram vistos como condições distintas. Porém, a análise crítica da literatura científica apresentada no artigo mostra que os dois quadros podem se cruzar neurologicamente, fazendo com que a SED funcione como gatilho ou amplificador de traços autistas em pessoas geneticamente vulneráveis.

Essa relação se torna ainda mais significativa em pessoas que apresentam sintomas comuns aos dois diagnósticos, como:

  • Problemas gastrointestinais

  • Intolerância ortostática (queda de pressão ao ficar em pé)

  • Ansiedade crônica

  • Fadiga inexplicável

“Nosso estudo mostra que a instabilidade autonômica causada pela SED pode desorganizar os mecanismos neurais de compensação, expondo traços autísticos até então subclínicos”, detalha o Dr. Fabiano de Abreu.

Um novo olhar para diagnóstico e tratamento

A pesquisa propõe um protocolo terapêutico integrado, combinando:

  • Farmacologia

  • Nutrição funcional

  • Reabilitação sensorial

  • Psicoterapia voltada à neurodivergência

  • Análise genética

“A individualização do cuidado é essencial. Ao entender a interação entre fatores somáticos e neuroquímicos, podemos atuar de forma muito mais eficaz”, destaca o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Os autores também defendem a necessidade de romper com modelos tradicionais e estáticos de diagnóstico, adotando estratégias clínicas mais dinâmicas e personalizadas.

Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues (MRSB/P0149176) é Pós-PhD em Neurociências, eleito membro da Sigma Xi - The Scientific Research Honor Society (mais de 200 membros já receberam o Prêmio Nobel), além de ser membro da Society for Neuroscience nos EUA, da Royal Society of Biology e da The Royal Society of Medicine no Reino Unido, da European Society of Human Genetics em Viena e da APA - American Philosophical Association nos EUA.

Formado também em Psicologia, História, Biologia, com Tecnólogo em Antropologia e Filosofia, Dr. Fabiano possui diversas formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É membro de prestigiadas sociedades de alto QI, autor de mais de 330 estudos científicos e 30 livros, professor convidado na PUCRS e Comportalmente no Brasil, UNIFRANZ na Bolívia e Santander no México.

Atua como Diretor do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito e é criador do projeto GIP, que estima o QI por meio da análise da inteligência genética. Possui registro de jornalista, com quatro recordes registrados, incluindo o de maior criador de personagens na história da imprensa.

Sobre Adriel Silva

Adriel Silva (Adriel Pereira da Silva) é psicanalista, escritor, pesquisador e palestrante, com formação em Física pela Unisinos e MBAs em Gestão de Projetos e Pessoas. Atualmente cursa Psicologia na Uniftec e mestrado em Neuropsicologia pela Universidad Europea del Atlántico.

É Gestor de Projetos Científicos do CPAH, atuando em projetos como Gifted Debate, Neurogenomic e RG-TEA. Trabalha como Senior Technical Support na SAP Labs Latin America e foi líder de CSR por cinco anos.

Membro da Mensa Brasil e do CPAH, Adriel possui dupla excepcionalidade, sendo superdotado e autista, e é autor de livros sobre neurodiversidade e desenvolvimento infantil.