
A juíza Cibele Maria Bellezia, da 1ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, determinou o bloqueio de R$ 692.218,88 das contas do ex-diretor da Assembleia Legislativa do Tocantins, Antônio Ianowich Filho, e dos ex-funcionários Flávio Negreiros Alves e Danilo Parente Barros. A decisão foi após um pedido do promotor Edson Azambuja, do Ministério Público Estadual.
A denúncia é de que Danilo Parente foi funcionário fantasma da AL e causou um prejuízo superior a R$ 110 mil. A Polícia Civil desconfiou de Parente após ele ser nomeado para o cargo de Diretor de Modernização Tecnológica e ser exonerado no mesmo dia. A nomeação foi com data retroativa e de uma só vez ele recebeu o equivalente a um ano de salário.
A suspeita dos investigadores é de que Flávio Negreiros, que na época era coordenador de almoxarifado, e Ianowich foram beneficiados no esquema. No celular de Parente foram encontradas mensagens dos dois que indicavam que eles sabiam do caso e pretendiam ajudar na destruição de provas.
O G1 procurou Ianowich para comentar o bloqueio, mas as ligações não foram atendidas. As defesas de Danilo Parente e Flávio Negreiros não foram localizadas.
A operação
As investigações começaram em 2017 pelo Ministério Público Estadual e foram concluídas pela Delegacia de Combate a Corrupção, durante a 1ª fase da operação Espectro. A Polícia Civil disse que identificou um prejuízo de R$ 173 mil aos cofres públicos.
Os detalhes do esquema foram descobertos após a apreensão do celular de Danilo. Os investigadores tiveram acesso à conversa dele e dois demais suspeitos. Em uma delas, Flávio Negreiros, escreveu em um aplicativo de mensagens que o funcionário fantasma Danilo Parente "não precisa ter nem medo" de ser preso pelo esquema.
No mesmo aplicativo, o ex-diretor geral da AL, Antônio Ianowich, insinuou que poderia sumir com documentos e arrumar dinheiro para fingir que a fraude se tratava de um "equívoco".