Caminhões ficaram destruídos e teto da oficina se contorceu.
Foto: Matheus Dias/TV Anhanguera

Um dia após o susto da explosão que causou a destruição de três caminhões e um posto de molas em Miranorte, região central do estado, os envolvidos contabilizam o que ficou de prejuízo, que pode chegar a R$ 1 milhão. O dono do local diz que terá que 'recomeçar', e contará com apoio de pessoas que estão organizando ações para ajudá-lo.

Um problema na mangueira de combustível de um dos caminhões teria causado as chamas na noite de segunda-feira (2). Os outros dois veículos ficaram destruídos, assim como a oficina. Duas pessoas se queimaram e precisaram ser hospitalizadas, além de outras 20 que tentaram conter o incêndio e precisaram de atendimento médico após inalarem fumaça.

Dono do posto de molas há 28 anos, José Roberto Campos Souza contou que estava em casa quando aconteceu a explosão. O filho dele, de 26 anos, foi um dos que se queimou, mas não precisou de internação e passa bem.

A outra vítima é Paulo Henrique Araújo Rocha, de 20 anos, que é era dono de um dos caminhões e sofreu queimaduras de 2º grau. Ele foi socorrido e levado para o Hospital de Miracema com ferimentos nas pernas, braços e no peito. O estado de saúde dele é estável, segundo o empresário.

Questionado sobre o prejuízo causado pela explosão que destruiu três caminhões e a estrutura da oficina, o comerciante disse que ainda não sabe valores exatos. À TV Anhanguera, o empresário comentou que pode chegar a R$ 1 milhão. "Destruiu muita coisa, ninguém sabe o que vai custar", lamentou.

Segundo ele, amigos e parentes resolveram organizar um leilão para arrecadar o dinheiro e ajudar a custear parte dos prejuízos. "Estão fazendo uma reunião para ajudar a gente, conhecem o fundamento da gente né, aí eles estão organizando, para dar uma força pra recomeçar, vai ter que recomeçar", contou.

José Roberto contou dois caminhões são de clientes de Miranorte e o outro de Dois Irmãos. "Foi um acidente, eu não sou o responsável porque eles estavam aqui, estavam acabando de arrumar para entregar e aconteceu o acidente. Mas o povo é amigo, o povo entendeu e está todo mundo arrecadando aí para pagar os caminhões", explicou o comerciante.

Ao ver o local da onde tira o sustento da família destruído, o empresário se emocionou. "Para mim foi muito difícil porque foi uma vida inteira de honestidade. Mas aconteceu, fazer o quê?", lamentou José Roberto.

Leilão

De acordo com os organizadores das arrecadações, no dia 22 de setembro será realizado um leilão em prol dos caminhoneiros que perderam os veículos. A princípio, o evento, que será um almoço, vai disponibilizar gados como principais itens, mas a organização espera receber qualquer doação para o leilão.

Também foi criado um grupo de WhatsApp para mobilizar interessados em ajudar José Roberto a reconstruir o posto de molas.