A audiência pública realizada nessa quinta-feira, 5, na Associação Comercial, Industrial e Prestacional de Colinas (Acicolinas), para discutir a possibilidade da estadualização do Hospital Municipal de Colinas foi marcada por confusão promovida pelos familiares da criança que morreu por engasgamento, aguardando por cinco horas a chegada de uma UTI aérea, que não foi porque o governo não paga a empresa responsável há seis meses. Na audiência, ficou decidido que os vereadores vão se reunir com o governador Sandoval Cardoso (SD) para tratar da situação da saúde pública em Colinas.

O vereador do município Júnior Pacheco (PMDB) afirmou que os familiares do garoto que morreu no hospital estavam revoltados. “Houve uma quebradeira por parte da família da criança que morreu engasgada no hospital. Estavam querendo a resposta de quem é a culpa pela morte da criança. A família se revoltou. Não teve agressões, mas quebraram algumas cadeiras e teve alguns xingamentos”, garantiu.

O parlamentar criticou a situação do hospital e indicou que a insatisfação com a saúde pública no município é geral. “O povo de Colinas já está cansado. A situação da saúde é precária, não tem desde o curativo até o médico especialista”, disse.

O subsecretário da Saúde, Raimundo Filho, estava presente na reunião representando o titular da pasta, Luiz Antônio. De acordo com Júnior Pacheco, o representante da Sesau na audiência foi contra à possibilidade do Estado assumir o hospital de Colinas. “Ele [Raimundo Filho] apresentou um posicionamento contrário à estadualização, argumentando que a legislação não permite. Mas se comprometeu em fazer uma interferência no hospital”, disse o vereador.

Júnior Pacheco defendeu que existe um consenso entre os vereadores em levar a situação de Colinas ao governador do Estado. “Nós vamos discutir com o governador Sandoval, em uma audiência que ainda não marcada, sobre a questão de o Estado assumir o hospital de Colinas”, afirmou.