Fernando Almeida/Araguaína Notícias

Com cartazes de ‘Saudades  Eterna’ e ‘Queremos Justiça’, amigos, parentes e familiares do jovem morto no acidente envolvendo um ônibus Cooperlota  (em 25/11) protestaram na manhã desta quarta-feira, 02. A caminhada pacífica aconteceu na Av. Cônego João Lima, centro comercial de Araguaína, com uma parada em frente à Câmara Municipal.  

Em côro, manifestantes pediam “Queremos Justiça! Queremos Justiça” e “Fora Cooperlota! Fora Cooperlota!”. Outra reclamação é que oito dias após o acidente a Cooperativa ainda não prestou assistência à família do jovem Pedro Vinícius de Jesus Maia, 18 anos.

Vanessa de Jesus Maia, irmã da vítima, disse que a família está abalada, a mãe não consegue dormir e nem se alimentar direito.  “Era um irmão carinhoso, um filho obediente, trabalhador e pagava seus impostos. Tirou sua moto, tinha placa, estava tudo legalizado. E veio uma pessoa irresponsável, da Cooperlota que está ilegal, para matar meu irmão. (...) Então quero Justiça” Desabafou.

Dona Cícera Gomes de Jesus, mãe de Pedro, disse não se conformar com a situação e também pediu Justiça. “Vem uma pessoa que não tem capacidade de dirigir um ônibus daquele porte, sai fora da rota, sem placa, e mata meu filho. Vocês acham que isso é justo? Queremos Paz. Queremos Paz no Trânsito,”  desabafou.

Já Hemerson Alves, primo de Vinícius,  exigiu providências da autoridades, pediu à Polícia Civil investigação sobre o caso e afirmou que Araguaína é uma Terra sem Lei,  comparando-a ao “Velho Oeste” americano.   

Isso não foi um acidente, foi um assassinato. O ônibus que matou meu primo fazia linha do setor Couto para o Ana Vitória.  Ele saiu da rota dele da rota dele para matar meu primo. (...) Araguaína está parecendo o Velho Oeste, o Texas, a cidade sem Lei. Aqui anda ônibus sem placa, sem documento, é bandido roubando, assaltando.  Araguaína está jogada às traças.”

O acidente que tirou a vida de Pedro Vinicius ocorreu no último dia 25, no setor Jardim Paulista. O motorista do ônibus, que teve o nome omitido pela Cooperlota, saiu do local antes da chega do socorro à vitima e se apresentou à polícia posteriormente. Já o ônibus estava sem placa e segundo testemunhas, avançou a preferencial.

Em nota, na data de ontem, a Cooperlota admitiu que ainda não prestou assistência à família da vítima. Informou que entrou em contato no dia do ocorrido, mas a família não quis conversar no momento. E que aguarda o retorno da família. 

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