Familiares de Dheison Soares, 12 anos, e que está com o braço quebrado, estão revoltados com o Hospital Regional de Araguaína (HRA). Segundo eles, o médico ortopedista Renato Azevedo teria se recusado a atender o garoto que chegou ao hospital com o braço quebrado. A recusa do médico, segundo familiares do menino, teria sido pelo fato de o paciente não morar em Araguaína.

De acordo com a tia do menino, Cristiane Soares, que mora no setor Brasil, o garoto recebeu os primeiros atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, após os exames de raio X, ficou constatado a fratura no braço. “O médico da UPA encaminhou o menino para o Regional, mas o médico disse que não ia atender, pois o garoto não morava aqui e que deveríamos levá-lo para a cidade de origem, que é a Piçarra, no Pará. Estamos revoltados, como é que esse médico faz uma coisa dessa, negar a atender uma criança com um braço quebrado”, diz Cristiane.

Dheison teria quebrado o braço quando caiu de uma moto na última segunda-feira, na cidade de Piçarra. Com a suposta recusa do médico do HRA em atender, o menino foi levado para casa de familiares onde aguarda atendimento sob o efeito de medicamentos. Familiares procuraram a Delegacia da Infância e da Juventude onde, segundo eles, foram orientados a procurarem o Conselho Tutelar. “A delegada disse que se a gente procurasse o Ministério Público o atendimento iria demorar mais ainda, pois o próprio Estado iria recorrer e isso atrapalharia o tratamento”, disse Cristiane.

A família de Dheison disse que já está procurando uma clínica particular para fazer o tratamento do menino. “Fomos ao hospital Dorcelina e a consulta custa 250 reais. O gesso só tem no Dom Orione e é particular também, mas eles não informam o valor. Nós não temos condições de pagar, mas fazer o quê? Enquanto isso o menino está aqui em casa morrendo de dores insuportáveis”, disse a tia.

Nota

A Direção do Hospital Regional de Araguaína (HRA) informa que caso do paciente Dheyson Flávio Gonçalves dos Santos, 11 anos, está sendo encaminhado à Promotoria de Saúde para a devida resolução.