A 2ª Feira da Mulher Empreendedora de Araguaína movimentou o auditório da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) e seus corredores na última sexta-feira, 5, reunindo centenas de participantes ao longo do dia. O evento, realizado pela Prefeitura por meio da Secretaria da Mulher (SEMUL), celebrou o potencial feminino nos negócios, promoveu formação, autocuidado e reforçou o compromisso da gestão com a proteção às mulheres.
Com o tema “Ela quer, Ela pode, Ela faz”, a feira contou com palestra magna, painel inspiração, exposição de produtos e serviços, além do Espaço Beleza e Bem-Estar, onde foram oferecidos gratuitamente atendimentos como design de sobrancelhas, massagens, ventosaterapia, maquiagem e spa das mãos. Ao todo, 40 expositoras participaram e cerca de 2 mil visitantes passaram pelo local ao longo do dia.
Sancionada nova lei municipal de proteção às mulheres
Durante a abertura do evento, o prefeito Wagner Rodrigues sancionou a Lei Municipal nº 3.538/2025, que institui a Rede de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar. A legislação estabelece um sistema integrado entre Saúde, Segurança Pública, Assistência Social, Educação, Justiça e sociedade civil, garantindo acolhimento humanizado, fluxo regulador unificado e protocolos padronizados.
“Aqui em Araguaína, agressor não tem vez. Nosso compromisso é proteger a mulher, fortalecer a rede e garantir que cada vítima seja atendida com respeito, segurança e amparo”, afirmou o prefeito, destacando a importância de avançar em políticas que salvam vidas.
Ele também reconheceu o papel transformador do empreendedorismo feminino na cidade.
“É emocionante ver tantas mulheres empreendendo, produzindo e sustentando suas famílias com coragem e dedicação. Araguaína cresce porque as mulheres crescem com ela.”
Protagonismo feminino e geração de renda
A secretária da Mulher, Ângela Maria, reforçou que a feira nasce como resposta direta às demandas das mulheres da cidade, especialmente as que buscam autonomia financeira e superação da vulnerabilidade.
“Trabalhamos com mulheres de diversas histórias, de mães solo, sobreviventes de violência, empreendedoras e hoje elas estão aqui mostrando seus produtos, construindo renda e ocupando seu espaço”, afirmou.
Ela destacou ainda o impacto social do cuidado e autocuidado:
“Às vezes, algo simples como arrumar o cabelo ou fazer a sobrancelha devolve dignidade a uma mulher que não tinha tempo nem condições, e foi deixando de se olhar com carinho no espelho. Esse espaço é para isso também: acolher, fortalecer e transformar.”
Empreender também é criar vínculos
O evento se tornou um espaço de acolhimento, fortalecimento emocional e construção de redes de apoio — elementos essenciais para que mulheres consigam permanecer no mercado e superar desafios do empreendedorismo.
A artesã Cíntia Marinho, do ateliê Meu Traço de Arte, relatou como a feira amplia horizontes e conecta histórias.
“Participar desse evento fortalece nossa marca e nossa trajetória. Aqui, a gente não só vende; a gente encontra pessoas, troca experiências e cria laços. Isso faz toda diferença para quem vive da arte”, destacou.
A atmosfera de colaboração também foi percebida entre as expositoras de gastronomia, artesanato e estética, que compartilharam vivências, dificuldades e estratégias para crescer juntas.
Mais do que um evento comercial, a feira reafirmou que o empreendedorismo feminino é também uma ferramenta de identidade, pertencimento e autonomia. O fortalecimento dessas conexões faz parte do propósito da secretaria, como reforça Ângela Maria:
“Quando a mulher tem renda, capacitação e apoio, ela cria caminhos para viver sem medo. Araguaína está construindo políticas integradas: proteção, autonomia e oportunidades. É assim que transformamos vidas.”



