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Fim de ano em números: como serão as compras dos brasileiros

Apesar das dificuldades financeiras atravessadas ao longo de 2019, grande parcela da população nacional afirma que vai realizar compras e ceias durante as festas de fim de ano

Apesar das dificuldades financeiras, grande parcela dos brasileiros afirma que vai realizar compras e ceias no fim de ano
Foto: Divulgação

Além de marcarem o fim de ano, as festividades de dezembro são também sinônimos de ir às compras. Mesmo com um cenário não muito animador, decorrente de resoluções políticas e econômicas, grande parte dos brasileiros desembolsam valores mais generosos nesse período.

Para 2019, a previsão de gastos direcionados apenas para essa época deve atingir os R$ 564,95, a média já compreende despesas com alimentação e viagens. A quantia ultrapassa os números do ano passado, que girou em torno de R$ 482,54, demonstrando, assim, uma alta de 17%.    

Entretanto, para mais da metade dos entrevistados (61%), o orçamento despendido com as festas de final de ano não deve afetar mais que 25% do faturamento familiar total. Apesar do crescimento apontado, 67% dos consumidores garantem que vão gastar menos em comparação direta com 2018.

Realizado pela companhia de crédito Boa Vista, o levantamento contou com a participação de 1.300 pessoas, dispersas por todo o território nacional.

Trocando presentes

Ainda segundo a pesquisa, cerca de 83% dos consultados pretendem dar ao menos um presente neste Natal. Contudo, 70% devem presentear, ao menos, três ou mais pessoas, um percentual considerado alto.

17% afirmam que não vão comprar lembranças ou presentes. Desse percentual, 26% apontaram o endividamento como fator primordial de justificativa; em segundo lugar está o desemprego, com 25%. Ano passado, as cifras eram de 32% e 21%, analogamente.     

Sem incluir compras on-line, o estudo revelou que a maior parte das transações serão realizadas em estabelecimentos localizados dentro de shoppings (37%), seguidas diretamente pelas lojas de departamentos e outros centros comerciais, como galerias e quiosques (34%) e, por fim, mas ainda com significância, estão as vendas de rua (29%).

 

Formas de pagamento

Quando se trata das alternativas de pagamento, a maior parte dos consumidores (63%) informaram que a ação será realizada à vista, um decréscimo de 4% comparado ao mesmo período do ano anterior.

Uma alteração foi notada quanto ao meio escolhido para concretizar as compras: 38% utilizarão o cartão de débito, enquanto 34% optarão pelo dinheiro em espécie. Em 2018, essa proporção foi de 36% e 45%, concretizando os dados que alegam que o dinheiro vivo será cada vez menos empregado.

Os 38% restantes pretendem parcelar as compras de fim de ano, sendo que, para isso, de maneira avassaladora, 94% utilizarão o cartão de crédito. O número total que representa os pagadores do crediário demonstra um aumento de 5% da categoria com relação há um ano.   

Com relação às despesas da ceia, a maior parte dos entrevistados (54%) informaram que manterão os padrões de comidas e bebidas do ano passado, enquanto outros 27% confessaram projetar um jantar mais simples. 19%, entretanto, pretendem preparar uma ceia mais abundante.  

           

Recompensando um ano difícil

Uma outra pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e Serviço de Proteção ao Crédito (CNDL/SPC Brasil) indica uma nova tendência no Brasil: 60% dos consumidores afirmaram que vão comprar, ao menos, um presente para si mesmos.

O denominado autopresente deve, então, movimentar cerca de R$ 36,7 bilhões dentro da economia nacional, uma vez que a prática será conduzida por 101,6 milhões de pessoas. O valor indica um incrível crescimento de 65% em comparação a 2018.

A explicação para esse fenômeno varejista está no aspecto emocional do consumidor, que busca uma recompensa por todo o trabalho realizado ao longo de 2019. Há uma expectativa por maiores promoções durante esse período festivo, além, é claro, do sentimento de converter o próprio — e suado — dinheiro em um mimo especial.

O valor médio do autopresente será, para 58%, de R$ 170, os outros 42% indicam um gasto máximo de até R$ 150. Em média, os entrevistados disseram que vão comprar cerca de dois regalos pessoais.

Os produtos mais cobiçados são: roupas (55%), calçados (31%), perfumes/cosméticos (27%), smartphones (17%), acessórios gerais (14%) e, por último, livros (11%).