A Fórmula E, categoria dedicada exclusivamente a carros monopostos movidos exclusivamente a energia elétrica, tem atraído a atenção das grandes montadoras, tanto que, nesta quinta temporada, participam equipes oficiais de cinco fabricantes de veículos. São elas: a japonesa Nissan; as alemãs Audi e BMW; a britânica Jaguar; a indiana Mahindra e a DS (do Grupo PSA), do grupo francês que controla a Peugeot/Citroën. Para a próxima temporada, devem entrar mais dois modelos alemães, um Porsche e outro Mercedes-Benz.
Sob tutela da Federação Nacional de Automobilismo (FIA), a temporada 2018/19 da Fórmula E teve início no dia 15 de dezembro de 2018, no inédito ePrix de Al-Diriyah, na Arábia Saudita. A segunda etapa, já em 2019, foi em Marrakesh, no Marrocos e, em seguida, Santiago, no Chile, e Cidade do México.
Depois das Américas, a Fórmula E será disputada em circuitos na Ásia e Europa. O encerramento será em 14 de julho de 2019, na temporada dupla de Nova York, nos Estados Unidos. Ao todo são 13 etapas, todas em circuitos de rua ou em parques. A organização da Fórmula E trabalha para realizar uma etapa no Brasil nas próximas temporadas. A preferência é São Paulo (SP) ou Belo Horizonte (MG). "A Fórmula E não é sobre obter potência máxima, e sim sobre como usar essa potência para vencer. É uma nova maneira de competir. Explica Michael Carcamo, diretor da equipe Nissan, uma das montadoras que participam desta temporada. Já Lucas Di Grassi, piloto da equipe Audi, que disputa a Fórmula E desde a estreia da categoria, afirma que "as montadoras já sabem tudo sobre o motor a combustão. Grassi foi campeão na segunda temporada. "Elas estão aqui para entender melhor como funciona a tecnologia elétrica", completa. A maioria dos pilotos da Fórmula E já competiram na Fórmula 1 ou foram pilotos de testes da categoria. É o caso dos brasileiros Di Grassi, Felipe Massa e Nelsinho Piquet. Atualmente, a maioria das montadoras estão investindo em veículos eletrificados, pois são muitos os países que, por questões sustentáveis, devem diminuir o uso de carros movidos a combustíveis fósseis, a partir das próximas décadas. A Nissan, por exemplo, é a fabricante do Leaf, 100% elétrico, o mais vendido do mundo. O modelo chegará ao Brasil no segundo semestre de 2019. A montadora pretende usar a Fórmula E para popularizar esse sistema e também para fazer um intercâmbio de tecnologia entre as pistas e a rua.