O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de liminar da defesa de Marcelo Miranda (MDB) para suspender os efeitos da cassação feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão foi publicada nesta quarta-feira (16).
A defesa de Marcelo alegou, entre outras coisas, que o processo correu de forma "atípica" e estranha, utilizando provas que seriam ilegais. Mas Mendes ressaltou que cassação do emedebista ocorreria, "independente da utilização de provas ilícitas, em razão da gravidade das condutas praticadas pelo peticionante [Marcelo]".
O ministro também criticou a realização de uma eleição direta suplementar, faltando apenas alguns meses para as eleições gerais. "A despeito de parecer inadequada a realização de eleições diretas às vésperas das eleições gerais, indefiro o efeito suspensivo", escreveu.
Marcelo Miranda ainda pode recorrer ao próprio STF contra a cassação, mas terá que aguardar o resultado fora do cargo. Enquanto isso, o calendário da eleição suplementar segue normalmente. A votação ocorre no primeiro domingo de junho, dia 3, e custará aos cofres públicos cerca de 15 milhões de reais.