Com o objetivo de ampliar a capacidade do estado em ofertar terapias especializadas com maior autonomia e resolutividade, o Governo do Tocantins oferece, a partir da segunda-feira, 22, o serviço de aférese terapêutica.
O trabalho coordenado pela Hemorrede Tocantins terá como unidade referência, o Hospital Geral de Palmas (HGP), com um investimento anual de R$ 335 mil, para operacionalização da máquina utilizada no procedimento.
A aférese terapêutica é uma técnica em que o sangue do paciente é processado por um equipamento capaz de separar e remover componentes que estão relacionados à piora do quadro clínico, com devolução do restante ao organismo de forma segura, conforme protocolos e indicações específicas.
As indicações mais comuns para o tratamento são pacientes acometidos com doenças neurológicas como esclerose múltipla, síndrome de guillain-barré, miastenia gravis e encefalomielite disseminada aguda.
Também para as doenças hematológicas como leucemia (para remover blastos), anemia falciforme (crises graves, AVC), e trombocitopenia trombótica púrpura (PTT). E para as doenças autoimune como síndrome de goodpasture e crioglobulinemia.
Segundo a superintendente da Hemorrede do Tocantins, Pollyana Gomes, “a medida integra o esforço contínuo de qualificação da rede, com foco em segurança, agilidade e cuidado centrado no paciente. Com o tratamento de Aférese Terapêutica no Tocantins, damos um passo importante para ampliar o acesso a um tratamento de alta complexidade e, muitas vezes, urgente”.
“Avançamos em segurança clínica, o que significa menos deslocamentos para outros estados e início de tratamento mais rápido. Isso garante economicidade e, principalmente, mais conforto e qualidade de vida aos pacientes. Este é o foco do nosso trabalho, direcionado pelo governador Wanderlei Barboca”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto.
Para o diretor de Apoio à Gestão Hospitalar da Superintendência de Unidades Hospitalares Próprias (SUHP), da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Victor Ferreira Diniz, “serviço vai facilitar o acesso da população e dar mais clareza ao atendimento de pacientes de alta complexidade. O HGP será a referência porque concentra os especialistas e a estrutura necessária, permitindo que as demais unidades tenham um fluxo definido e seguro para encaminhar esses casos quando houver necessidade”.
Como funcionará
O diretor técnico do HGP, Ermilton Barreira Parente falou como vai funcionar o fluxo na unidade hospitalar.
“Após encaminhado pela regulação do Estado, o paciente será assistido pela equipe do HGP e encaminhado para o hematologista especialista da Hemorrede que irá realizar o procedimento da aférese terapêutica, dentro da nossa estrutura”.
“A aférese terapêutica vem para ajudar os pacientes com síndromes neurológicas, como a síndrome de Guillain-Barreira. Esse é um dos públicos que vai ser atendido por esse procedimento. Além disso, pessoas acometidas com outras doenças autoimunes como neuromia luteóptica, ou doenças hematológicas, como pacientes com leucemias agudas, com trombocitemia social, com doença falciforme. Então vamos começar a ofertar um tratamento que tenha uma melhor resposta, um método com melhores graus de resposta dos que ofertamos atualmente”, explicou o hematologista e responsável técnico da Hemorrede, Rodolfo Batista Soares Vargas.


