
O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai estrear, nesta terça-feira (19/12), uma funcionalidade para bloquear instantemente celulares roubados, e consequentemente, inibir os acessos a contas de bancos e serviços no aparelho. O secretário-executivo da pasta, Ricardo Capelli, fez o anúncio nas redes sociais.
A ideia é nacionalizar um protocolo de segurança de fácil acesso para os usuários vítimas de roubos ou furtos de celulares.
"Vamos lançar na próxima terça-feira uma iniciativa que transformará os celulares roubados num pedaço de metal inútil. Com apenas um clique, a vítima enviará um aviso simultaneamente para a Anatel, para os bancos, para as operadoras de telefonia e para os demais aplicativos", anunciou Capelli.
A proposta vem em um contexto de aumento desses casos. O último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, aponta para um total de 999.223 mil ocorrências no ano passado, e 852.991 mil casos em 2021. Com isso, a alta foi de 16,6% em furtos e roubos.
O estado que liderou o ranking, em números absolutos, foi São Paulo, com 346.518 celulares roubados ou furtados, o que representa cerca de 30% do total do país. Em segundo lugar, a Bahia teve 83.433.
Já o Tocantins registrou 5.211 furtos e roubos de celulares no ano passado e 5.108 no ano de 2021, aumento de 1%.
O levantamento é feito com informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública.
O aplicativo permitirá o bloqueio imediato da linha telefônica do aparelho e dos dados de acesso a contas de bancos e serviços cadastrados nele. O acesso pode ser feito em outro aparelho ou em um computador previamente cadastrado.
O serviço, no entanto, não substitui a comunicação do usuário com autoridades policiais, operadores de telefonia e instituições financeiras de pagamento em caso de roubo ou furto. A iniciativa vinha sendo discutida pelo ministério há alguns meses. Em agosto, Cappelli afirmou que combater o roubo e o furto de celulares era uma das prioridades do ministro Flávio Dino.
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