
O Hospital Dom Orione (HDO) divulgou nota nesta quinta-feira (22) sobre a Operação Catarse, deflagrada pela Polícia Civil no último dia 19 em Araguaína. Defendeu a integridade do médico e diretor técnico Arnaldo Alves Nunes, o qual diz ser de total confiança da direção do hospital e repudiou a associação do nome dele a funcionário fantasma.
A nota relembra que Arnaldo iniciou sua carreira no HDO em 1986 como médico obstetra autônomo. Ele é servidor do Estado desde 1994, mas segundo o Hospital, no ano de 2005 foi cedido para trabalhar na unidade em Araguaína. Ele esteve afastado das suas funções em 2011, quando assumiu o cargo de Secretário Estadual de Saúde, mas retornou posteriormente.
"O mesmo foi convidado pelo Hospital para deixar de atuar na assistência e assumir em caráter integral o cargo de diretor técnico do hospital (...) que exige dedicação presencial durante horário comercial. E também alcançável a noite, feriados e finais de semana".
Explica ainda que, como Arnaldo trabalha com carga horária superior a do concurso, ele recebe também do próprio Hospital Dom Orione. "Extrapola as 40 horas semanais cedidas pelo Estado e pela qual também é remunerada pelo Hospital." Diz, frisando que a frequência é enviada ao Estado mensalmente.
Para a PC, responsável pela investigação, Arnaldo Nunes só poderia receber um pagamento e não acumular os dois. Além disso, a Polícia aponta que ele recebe outro valor referente a coordenação do núcleo de internato. O salário do Estado R$ 32, 6 mil por mês e do HDO gira em torno de R$ 25 mil, segundo a PC.
Em relação a tais fatos, o Hospital Dom Orione repudiou a associação do nome de Arnaldo ao de servidor fantasma do Estado.
"Manifesta profundo repúdio às notícias maldosas e infundadas associada ao nome de Arnaldo. Pois se trata de uma pessoa íntegra e totalmente comprometida com seu trabalho. Sendo de total confiança da direção do hospital. Por confiar na Justiça, tem absoluta certeza que esses fatos serão esclarecidos pelos órgãos competentes". Finaliza a nota.
No dia da Operação da PC Arnaldo prestou depoimento e foi liberado. Ele já foi preso pela PF na Operação Marca-Passo, deflagrada em 2017. Na época, a investigação apontou um esquema de pagamento de propina e corrupção no uso de órteses próteses e materiais especiais.