
A Polícia Civil de Araguaína prendeu, nesta segunda-feira (12), um homem de 47 anos, identificado pelas iniciais R.L.S., suspeito de ameaçar a ex-companheira e cobrar R$ 140 mil, sob alegação de prejuízos financeiros durante o relacionamento. De acordo com a polícia, ele usou pichações em muros e carta com referências a facções criminosas.
O caso é apurado pela 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Araguaína), sob o comando do delegado Márcio Lopes da Silva. O suspeito é investigado pelos crimes de extorsão qualificada e vinculação a organização criminosa.
Ele foi capturado no setor Jardim das Flores após ser surpreendido por uma equipe da Polícia Militar, que realizava diligências na área.
Simultaneamente, agentes da Polícia Civil cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa da mãe de R.L.S., também no Jardim das Flores. No local, foram apreendidos celulares e porções de cocaína, que reforçam as suspeitas de envolvimento do homem com crimes.
De acordo com o Márcio Lopes da Silva, a prisão foi possível graças à integração entre as polícias.
“A Polícia Militar repassou informações cruciais após a denúncia de extorsão no Nova Araguaína. Com isso, a Civil agiu rápido, coletou provas e pediu a prisão preventiva ainda no plantão judiciário do fim de semana”.
Ameaças com "assinatura" de facção
As investigações revelaram que R.L.S. ameaçava a ex-companheira e familiares após o término do relacionamento. Ele exigia R$ 140 mil, alegando prejuízos financeiros durante o período em que estavam juntos. Para intimidar, usou, ligações anônimas, pichações violentas nos muros da casa das vítimas e ainda carta manuscrita com referências a facções criminosas.
O delegado destacou a gravidade das ameaças.
“Trata-se de um indivíduo de extrema periculosidade, faccionado e que estava ameaçando de morte a ex-companheira e sua família. Deste modo, a pronta intervenção das forças de segurança foi fundamental para se evitar o cometimento de crimes ainda mais graves”.
Preso, o indivíduo agora ficará a disposição do Poder Judiciário. A Polícia Civil do Tocantins agora possui o prazo legal de dez dias para concluir o inquérito policial e remeter os autos ao Ministério Público, que deverá adotar as providências cabíveis.