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Determinado a impedir demolição de um muro do lote da filha, o empresário e pecuarista Pedro Lopes da Silva arriscou a própria vida. O episódio aconteceu no fim da tarde desta segunda-feira, 10, no residencial Camargo, localizado às margens da Av. Filadélfia, saída para Babaçulândia.
A área foi decretada de utilidade pública no dia 1º de janeiro de 2013, como primeiro ato do governo Dimas. No local seria construído o Parque Urbano Zico Magal, mas até o momento não há nenhuma construção.
Dezenas de curiosos se aproximaram do local para acompanhar a cena. De um lado, o proprietário estava disposto ir às últimas consequências para defender o patrimônio da filha. E de outro, representantes da prefeitura estavam irredutíveis e obstinados a cumprir a ordem de derrubada do muro.
Momentos de tensãoNo instante em que o operador recebeu o ultimato e acionou a máquina, partindo assim para a demolição, empresário usou o último recurso. Ele, juntamente com a neta, subiram na lâmina do trator, correndo o risco de serem esmagados contra o muro.
Diante disso, começou a correria de populares e profissionais da imprensa para acompanhar o desfecho. Entretanto, o operador da máquina hesitou em prosseguir a ordem e parou. O empresário fez um longo discurso, chamando o ato de arbitrário e afirmando ser uma pessoa trabalhadora.
"Nós somos dono para pagar o imposto e não somos dono para usufruir. Olha que barbaridade. (...) 31 anos de imposto , IPTU, pago. Agora que estamos murando o lote." Protestou o empresário.
Versão da defesaNo campo jurídico, o advogado do empresário, Wander Nunes de Rezende, argumentou que a proprietária do terreno pagou IPTU até o ano de 2016 e nunca recebeu qualquer tipo de indenização. Por este motivo, tinha o direito de construir. Além disso, contou que os homens da prefeitura não apresentaram nenhuma ordem judicial para demolição. Ele argumentou que " a área foi apenas decretada de utilidade publica?.
O advogado afirmou que "a desapropriação se consubstancia no interesse e no pagamento. Chamar a pessoa e ver se ela tem interesse em receber aquele valor amigavelmente. Se não, tem que fazer um depósito judicial para depois emitir a posse. E isso não houve, então o município está fazendo uma maneira arbitrária, ao meu ver. Porque não depositaram, não pagaram".
PrefeituraPor outro lado, um procurador do Município que estava no local defendia que, embora não sendo utilizada pela prefeitura, a área era de utilidade publica. E, por esta razão, ninguém poderia construir. Entretanto, não deu nenhuma declaração a imprensa.
RecuoPara manter a ordem, dezenas de homens da PM, fortemente armados, estavam de prontidão no local. Diante do clima tenso, os representantes da prefeitura recuaram e desistiram, por enquanto, da demolição do muro. Procurada, a Prefeitura de Araguaína ainda não se manifestou.