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IBGE aponta que homens e pessoas brancas recebem os maiores salários no Tocantins

Estudo também apontou que pessoas de 40 a 49 anos tiveram os maiores salários

Trabalhadores com idades entre 40 e 49 anos também estão entre os que ganharam mais.
Foto: Divulgação

No Tocantins, o rendimento médio mensal de homens, trabalhadores brancos e com idade entre 40 e 49 anos foram maiores do que o de mulheres, pretos e pardos e outra faixa etária em 2018. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira, 16.

A pesquisa também mostra que, no mesmo ano, pessoas com nível superior e residia em Palmas também tinha mais rendimentos.

Nº de trabalhadores

Em 2018, 618 mil pessoas trabalhavam no Tocantins. Conforme o IBGE, desse total, 372 mil homens (60,2%) e 246 mil mulheres (39,8%). Entre esse número, 6 mil pessoas têm entre 14 a 17 anos de idade; 169 mil de 18 a 29 anos, 164 mil de 30 a 49 anos, 150 mil de 40 a 49 anos, 85 mil de 50 a 59 anos e 44 mil com 60 anos ou mais.

O IBGE aponta que os trabalhadores brancos tocantinenses totalizavam 137 mil (22,1%), enquanto pretos eram 87 mil (14%) e pardos 383 mil (62,1%).

Homens x mulheres

Em relação ao gênero, no ano passado, os homens tocantinenses recebiam em média, mensalmente, R$ 2.027 e as mulheres R$ 1.756. A diferença é de R$ 271 (15,5%).

Salário x faixa etária

Em relação a faixa etária, as pessoas com idade entre 14 e 17 anos recebiam em média R$ 467. O salário é cinco vezes menor que o salário recebido por pessoas com idade entre 40 e 49 anos (R$ 2.388). O salário varia também com pessoas mais velhas. O IBGE aponta que quem tinha entre 50 e 59 anos recebia em média R$ 2.381, por mês. Pessoas com 60 anos ou mais ganhavam R$ 1.993; de 30 a 49 anos, R$ 1.926, de 18 a 29 anos, R$ 1.296.

Palmenses

Moradores da Capital têm melhores salários em relação aos moradores o interior. O IBGE revelou que os 137 mil trabalhadores da Capital recebiam, em média, R$ 2.720, contra os R$ 1.691 recebidos pelos 481 mil moradores do interior do Estado.

Salário Brancos x Pretos x Pardos

O estudo aponta que trabalhadores brancos tocantinenses totalizavam 137 mil em 2018 e recebiam em média, mensalmente, R$ 2.719, enquanto pretos eram 87 mil e pardos 383 mil e tinham rendimentos médios de R$ 1.729 e R$ 1.648, respectivamente. Ou seja, o IBGE mostrou que o valor recebido por um trabalhador branco é 57,2% maior do salário recebido por uma pessoa preta e 64,9% maior do rendimento médio mensal de uma pessoa parda.

A disparidade salarial por raça e cor aumentou significativamente. Em 2016, os trabalhadores pretos recebiam R$ 722 a menos que os brancos, já os pardos R$ 696 a menos. Em 2017, a diferença era de R$ 842 e R$ 692, respectivamente.

Rendimento por grau de instrução

Quem não tem formação escolar recebeu, em média, R$ 935. Esse é considerado o menor rendimento do trabalhador tocantinense. No entanto, o rendimento das pessoas com ensino fundamental incompleto ou equivalente esteve R$ 249 maior, chegando a R$ 1.184. Essa categoria superou até o rendimento das pessoas com ensino médio incompleto (R$ 1.168) e também daquelas com ensino fundamental completo (R$ 1.074).

A pesquisa também revela que aqueles que tinham ensino superior completo registraram rendimento médio de R$ 4.273, número aproximadamente três vezes maior que o daqueles que tinham somente o ensino médio completo (R$ 1.562) e mais de quatro vezes o daqueles sem formação.

Pesquisa

São analisados pela PNAD Contínua rendimento médio mensal real das pessoas de 14 anos ou mais ocupadas. Conforme o estudo, são classificadas como ocupadas na semana de referência da pesquisa as pessoas que, nesse período, trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio ou, ainda, as pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.

Em outubro de 2011, a pesquisa é implantada, experimentalmente. Em 2012, a pesquisa passa a funcionar em caráter definitivo, em todo o Brasil. A pesquisa tem o objetivo de produzir resultados para Brasil. Desde sua implantação, a pesquisa busca ampliar indicadores investigados e divulgados.