Fernando Almeida

O protesto de indígenas que bloqueiam a TO-126 que liga Tocantinópolis a Maurilândia, na região do Bico do Papagaio (TO), já dura oito dias. Um impasse entre a etnia Apinaye da Aldeia Mariazinha, Funai e Ibama, atrasou ainda mais o fim do problema.  Apesar da visita do governador interino Sandoval Cardoso no último sábado, 1º, o impasse continua. Os indígenas querem a obra completa, mas Estado alega depender de licenças de órgãos federais.

Em visita ao povoado Folha Grossa em Tocantinópolis para atender a reivindicação, Sandoval anunciou a pavimentação de 13,5 km da rodovia. Mas, como o restante, cerca de 28 km, dela fica localizada em terra Indígena e depende de licença dos órgãos federais,  uma reunião foi marcada com a Funai em Brasília (DF) para buscar uma solução e o movimento continua com bloqueio da TO-126.

Durante o protesto, além de impedir o trânsito na rodovia, os manifestantes fizeram ameaças de atear fogo e derrubar torres de transmissão de energia, caso não fossem ouvidos.  A ANT chegou a divulgar ontem, domingo (02), que com a garantia de pavimentação de 13,5 quilômetros da rodovia, os índios liberaram a via e finalizaram protesto. No entanto, segundo o Toc Notícias, os indígenas decidiram manter o protesto até que o Ibama e Funai emitam as licenças e autorizações para a obra de 28 km de pavimentação dentro da Aldeia Mariazinha.

Ainda segundo o Toc Notícias, os líderes indígenas decidiram continuar com o movimento até que seja marcada uma data para que os representantes fossem até Brasília tentar resolver o impasse junto a Funai e Ibama. Uma primeira reunião está marcada para acontecer na próxima quinta feira (06), na residência do Deputado Estadual José Bonifácio  em Tocantinopolis (TO), quando definiram data da viagem para Brasília(DF) e  até o retorno dos representantes desta viagem continuará o bloqueio na rodovia.

Já segundo a ATN, presente na comitiva do governador em exercício o secretário de Infraestrutura do Estado e presidente da Agetrans, Kaká Nogueira, informou que as obras dos 13,5 KM terão início logo após o período de estiagem. 

Cacique Emílio fala ao governador que não concorda só com os 13,5 KM de pavimentação. Foto: Romário Agitus/Toc Notícias.