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Insônia Crônica: é possível que você tenha e nem saiba disso

A má qualidade do sono é porta de entrada para doenças graves.

A insônia passa a ser considerada crônica quando já dura mais de três meses.
Foto: Ilustrativa

Faz tempo que você tem dificuldade para pegar no sono, se manter dormindo por um longo período, desperta várias vezes na mesma noite, acorda muito cedo pela manhã e tem muita dificuldade para voltar a dormir? Cuidado, você pode ter insônia crônica e nem se tocou disso.

Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia. Quando ela acontece há pouco tempo, de forma esporádica, é classificada como aguda. A insônia passa a ser considerada crônica quando já dura mais de três meses.

Porta de entrada para doenças

Muitas vezes, a culpa não é sua. Com o ritmo agitado e o estresse do dia a dia, dormir 8 horas na mesma noite é considerado um luxo para muita gente. O que quase ninguém sabe é que a insônia é a porta de entrada para doenças graves, como explica Daniel Nunes, otorrinolaringologista e médico do sono.

A insônia é um distúrbio que aumenta consideravelmente o risco de morte por doenças cardiovasculares, desencadeia problemas respiratórios, como a apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, obesidade mórbida e distúrbios psiquiátricos ligados à ansiedade e depressão”, destaca o especialista.

A má qualidade do sono pode trazer prejuízos à vida pessoal, acadêmica e profissional. Acenda o sinal de alerta se você perceber que seu rendimento caiu, que passa o dia inteiro indisposto, abatido, irritado e com mau humor, ou se apresenta problemas de memória e dificuldade crônica para dormir.

Recomendações médicas

O médico do sono recomenda que os insones, crônicos ou não, adotem uma série de medidas para melhorar a higiene do sono.

É importante abandonar vários hábitos modernos, como assistir TV ou usar o smartphone na cama, não deitar com o estômago cheio, evitar o consumo de refrigerantes, bebidas alcoólicas, energéticos ou café pelo menos seis horas antes de deitar. É preciso também evitar de vez o sedentarismo”, recomenda Daniel.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da insônia crônica é feito por meio do histórico clínico do paciente. O médico investiga os aspectos emocionais e os hábitos que ele tem que podem influenciar na qualidade do sono.

O principal tratamento contra a insônia não envolve o uso de medicação, mas sim de terapia cognitivo-comportamental. Há técnicas de relaxamento, higiene do sono e controle dos estímulos que mantêm a vigília”, pontua o especialista.

Somente em casos mais graves, que é quando a insônia está relacionada à ansiedade e depressão, medicamentos antidepressivos e que diminuem a ansiedade podem ser prescritos.