A criação em cativeito de dois filhos de onça-pintada pelo veterinário Léo Lorentz, de Abreulândia (TO), foi destaque em reportagem no Jornal Nacional desta quarta-feira (19). Ele divide a rotina da fazenda na região do Cantão, com a conservação de espécies silvestres. Os momentos são compartilhados nas redes sociais e acompanhados por mais de 40 mil seguidores.
O Cantão tem sete meses e nasceu em outro instituto de conservação no Tocantins. A Poranga é mais novinha, tem apenas três meses e foi resgatada na beira de uma estrada depois de perder os pais. Quando os dois se conheceram, foi amor à primeira vista.
“No primeiro vídeo deles juntos, a Poranga era extremamente pequenininha e o Cantão já foi com todo o cuidado”, conta o veterinário.
Recentemente, os dois ganharam um espaço maior no Instituto Vale Rico, idealizado pelo veterinário. A nova área conta com obstáculos que reproduzem o habitat deles. A ideia é que eles desenvolvam os instintos naturais da espécie.
“A onça é um animal que está ameaçado de extinção, está perdendo território cada vez mais ali, seja por desmates legais ou ilegais, e queimadas também estão afetando bastante. Caça afeta bastante. Tem que aumentar a população em cativeiro para futuramente a gente tentar algum processo de soltura, de retorno à natureza”, diz Léo Lorentz.
A ambientalista Mariana Napolitano acredita que inciativas voluntárias como a do Léo têm um papel fundamental.
“São projetos superrelevantes, importantes, projetos que sobrevivem muitas vezes com falta de recurso de apoio científico”, diz Mariana.
O Cantão e a Poranga devem começar a se reproduzir daqui a três anos.
