Anazilda Santos Almeida foi espancada no dia 5 de outubro de 2023.
Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (29), o Tribunal do Júri de Araguaína condenou a cadeirante Francisca da Silva Batista e Welerson da Silva Monteiro pelo homicídio da trabalhadora Anazilda Santos Almeida, ocorrido em outubro de 2023.

O julgamento, presidido pelo juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, da 1ª Vara Criminal, determinou pena de 21 anos para Francisca, apontada como a mentora do crime, e 18 anos e 7 meses para Welerson, executor do assassinato. Lara Eduarda Batista da Cruz, filha de Francisca, foi absolvida por falta de provas de envolvimento.

Crime premeditado e execução cruel

O caso chocou a população pela brutalidade e pela premeditação. De acordo com a Polícia Civil, Francisca Batista teria planejado o crime motivada por ciúmes, após ouvir que seu então parceiro alegava ter se envolvido com a vítima, Anazilda. Para persuadir o executor, a mentora, junto com sua filha Lara, teria criado uma história falsa de que Anazilda testemunharia contra eles em um processo de guarda de uma criança.

Na manhã do crime, Anazilda foi atacada em frente ao restaurante onde trabalhava. Welerson Monteiro, que aguardava sua chegada, tomou seu capacete e a golpeou diversas vezes. A vítima foi hospitalizada em estado grave e ficou em coma por sete dias, mas não resistiu aos ferimentos.

Após o ataque, Welerson fugiu levando a bolsa e o celular de Anazilda, retornando ao veículo onde Francisca e Lara o aguardavam. Os três deixaram o local rapidamente, mas as investigações da PC revelaram o envolvimento dos acusados e a complexa trama por trás do crime.

Sentença e absolvição

Francisca Batista recebeu uma condenação de 21 anos, mas devido à sua condição de saúde, a Justiça autorizou que ela cumpra a pena em prisão domiciliar. Welerson Monteiro foi condenado a 18 anos e 7 meses de reclusão. Já Lara Eduarda, que também respondia ao processo, foi absolvida pelo júri, que considerou insuficientes as provas de seu envolvimento direto na ação criminosa.

Posicionamento do Ministério Público

Durante o julgamento, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) argumentou que os acusados agiram por motivo torpe, utilizando de meios cruéis e de emboscada, além de terem traído a confiança de Anazilda, o que intensificou a crueldade do crime.