O juiz Kilber Correia Lopes, substituto da 1ª Vara Criminal de Araguaína, impediu que o farmacêutico Robson Barbosa da Costa fosse colocado em prisão domiciliar por falta de cela especial para presos com curso superior.
No despacho proferido nesta segunda-feira (19), o magistrado determinou que ele seja recambiado imediatamente da Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA), onde está junto com presos comuns, para uma cela especial disponibilizada pela Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) na CPP de Palmas.
O farmacêutico é acusado de ser o mandante da morte do jovem advogado Danilo Sandes, em Araguaína, em julho de 2017, por se recusar a fraudar um processo de inventário no valor de R$ 7 milhões. A decisão do juiz atende a um pedido formulado pela mãe do advogado, que é assistente de acusação.
O Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Jorge Mussi, havia determinado que o farmacêutico ficasse em prisão domiciliar até o surgimento de local adequado para prisão especial.
Na iminência de sair da prisão e ir para casa, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Tocantins, encaminhou um ofício ao secretário Heber Luis Fidelis, requerendo em caráter de urgência a disponibilização de vaga na unidade prisional da Capital, a fim de impedir que o farmacêutico ficasse 'preso' no conforto da própria residência.