Justiça quebrou sigilo dos investigados
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O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, empresários e ex-secretários são os alvos da Operação Carta Marcada, deflagrada nesta terça-feira (21) pela Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU). Ao todo, oito mandados de prisão foram cumpridos e outros 27 de busca e apreensão.

A Justiça Federal também decretou a prisão temporária de quatro ex-secretários de Amasha: Adir Gentil, Christian Zini, Cláudio Schuller e Cleide Brandão.  Além destes, foram alvos de prisão quatro empresários: Marco Zancaner Gil, Luciano Valadares Rosa, Carlo Raniere Soares Mendonça e José Emilio Houat.

O juiz substituto da 4ª Vara Federal do Tocantins, João Paulo Abe, também decretou que a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-prefeito Carlos Amasha, entre 2014 e 2019. Também determinou à PF fazer buscas e apreensões na  residência do ex-prefeito em Palmas.

A PF também cumpriu mandados de buscas e apreensão contra o ex-prefeito de Porto Nacional, Otoniel Andrade (PSDB). Além de outros ex-integrantes da gestão de Amasha, como o ex-procurador Geral de Palmas, Públio Borges, Luiz Teixeira e Berenice de Fátima, irmã do vice-governador Wanderlei Barbosa.

A PF chegou a pedir a prisão dos citados, com exceção de Amastha, mas a Justiça negou por julgar não ter elementos suficientes.  O juiz também afastou os sigilos fiscais e bancário dos investigados e determinou busca e apreensão em empresas do ramo de venda e locação de veículos.

São elas:  Disbrava Distribuidora de Veículos do Norte, Marca Representações Comerciais Ltda, Palmas Aluguel de Carros, MC Serviços e Locavel Serviços . Além da Prefeitura de Palmas – Garagem Central e Setor de Abastecimento de veículos.

A Operação Carta Marcada cumpriu os mandados nesta terça-feira (21) nos estados do Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal.  A ação investiga suposto esquema criminoso, formado por três núcleos [agentes políticos, funcionários públicos e empresários], que teria causado prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos de Palmas.

 O inquérito policial apura o conluio entre empresários e servidores públicos para fraudar licitações e desviar recursos públicos destinados a contratação de veículos para atender a prefeitura de Palmas/TO. Os contratos suspeitos vigoraram entre 2014 e 2018.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades,pelos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

Em rápidas palavras, o ex-prefeito Carlos Amastha se manifestou sobre a operação da PF, em declaração ao Gazeta do Cerrado. “É uma pena a maneira como se em suspeição gestores. Garanto a lisura dos meus processos.” Frisou o ex-prefeito da capital. A reportagem não consegiu contato com os demais citados e o espaço fica em aberto para a manifestação deles.