Maria Karollyny Campos Ferreira, conhecida como Karol Digital, soma mais de 1,5 milhão de seguidores e ostentava mansões, carros esportivos e barcos nas redes sociais. Ela também é suspeita de chefiar um esquema de jogos ilegais que teria movimentado R$ 217 milhões em cinco anos
Influenciadora de Araguaína, Karol Digital, é presa em operação da PC contra jogos de azar Ela responde por associação criminosa, lavagem de dinheiro e outros crimes.
Karol, que soma mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, ficou conhecida por exibir um estilo de vida luxuoso. Nas redes sociais, ela ostentava mansões, barcos, fazendas, haras e carros esportivos, incluindo uma McLaren avaliada em mais de R$ 3 milhões.
Em sua última publicação, antes da prisão, ela mostrava um barco personalizado em tons de rosa, cinza e preto.
De acordo com as investigações, a influenciadora simulava ganhos em apostas online para atrair seguidores a plataformas de jogos.
O delegado responsável pelo caso afirmou que os supostos prêmios exibidos eram, na verdade, pagamentos recebidos por contrato com as empresas. As denúncias começaram em 2023, quando Karol comprou uma mansão de R$ 4 milhões à vista, em uma única transferência via Pix.
"As pessoas acreditavam que ela estava jogando, estava ganhando quando, na verdade, o que tínhamos ali, na maioria das vezes, era uma simulação", afirma Queiroz.
Passagens pela polícia
A trajetória de Karol Digital já tinha passagens pela polícia. Em 2015, ela foi alvo da Polícia Federal por fraude no seguro-desemprego e chegou a ser presa duas vezes por roubo à mão armada, cumprindo parte da pena em regime domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Após esse período, chegou a dar entrevistas como exemplo de reabilitação, mas pouco depois voltou aos holofotes ao promover apostas online, construindo fortuna em menos de uma década.
Na semana passada, a Justiça determinou o bloqueio de todo o patrimônio da influenciadora, incluindo imóveis e contas bancárias. A defesa de Karol afirma que a investigação é ilegal e promete recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Caso seja condenada, a influenciadora pode pegar mais de dez anos de prisão
