Livro
Foto: Pedro Ícaro

Um livro escrito com a participação de reeducandos e intitulado “Ler e escrever na prisão: experimentações em Tocantinópolis” foi lançado em Palmas, nesta sexta-feira, 5, contendo as experiências dos apenados participantes do Clube de Leitura realizado da Cadeia Pública de Tocantinópolis.

O livro é uma coletânea de textos escritos por pessoas envolvidas com o Clube de Leitura na Cadeia Pública de Tocantinópolis que aconteceu durante todo o ano de 2018. Além de Palmas, o lançamento também aconteceu na própria unidade, para que os reeducandos-escritores pudessem participar com seus familiares e servidores, e na Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Durante o lançamento, a organizadora do livro, a professora da UFT Aline Campos, contou quem são os escritores e como foi toda a experiência para publicação. “Os textos foram escritos por 32 autores, entre eles estão, reeducandos que participaram do clube de leitura, servidores e o chefe da unidade, Vinicius Lima Silva. O livro saiu de forma inesperada e é um momento de celebração ao vermos o material pronto”, comemorou.

O chefe da unidade, Vinicius Lima Silva, participou ativamente do processo de produção do livro, sendo um dos escritores e apoiador do projeto Clube de Leitura. “Os reeducandos se sentiram esperançosos e com espírito de mudança, nunca imaginaram que poderiam ser escritores de um livro. Representa algo muito grande pra essas pessoas e estou orgulhoso ao ver o resultado dessa ação”, ressaltou.

O Superintendente de Administração dos Sistemas Penitenciário e Prisional da Seciju, Orleanes de Souza Paiva, comemorou a publicação do livro e destacou que projetos como esse devem estar em todas as unidades prisionais do Tocantins. “Para nós que contribuímos para execução da pena é um momento único ver essa ação sendo concretizada. Nós da Superintendência incentivamos esses tipos de ações e estamos abertos para receber projetos de todas as entidades civis”, reforçou.

Distribuição

Os livros ainda não estão à venda, pois está sendo priorizado a entrega para os apenados, seus familiares e distribuição para as unidades penais. No entanto, professora Aline comentou que os trâmites para uma futura comercialização do material está sendo realizada.