Lorrany Ferreira Moreira, de 26 anos
Foto: Marcos Sandes/Ascom

“Nunca permiti que ninguém diminuísse minha capacidade de sonhar, muito menos de realizar esses sonhos. Em 2015, deixei Xinguara no Pará e cheguei em Araguaína com a mala e a coragem, decidida a me tornar uma profissional de referência no setor da construção civil. Hoje, posso dizer que já ultrapassei a metade do caminho”, contou Lorrany Ferreira Moreira, a segunda homenageada da Série "Mulheres que lideram", especial ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.

Lorrany tem 26 anos e desde 2020 atua como engenheira no setor da construção civil. Quando teve sua primeira oportunidade, ainda como estagiária, deixou o trabalho como maquiadora e deu o melhor de si para conquistar novos degraus. A experiência de estágio foi na obra de construção da Nova Feirinha e serviu de escada para a efetivação no quadro de engenheiros da empresa em que trabalha.

“Quando iniciei minha experiência profissional, percebi o quanto ainda era tímida a presença das mulheres nas obras, executando, coordenando, delegando funções e essa realidade só tem me motivado ainda mais a seguir firme ocupando o espaço que mereço como mulher, afinal meu lugar é onde eu quiser”, destacou a engenheira.

Desafios

Dentro do quadro de colaboradores da empresa de engenharia em que trabalha, Lorrany é uma das três mulheres da equipe composta por outros seis engenheiros e mais de 20 pedreiros e serventes.

Entre os serviços em que ela desempenha suas funções está o Centro de Convenções de Araguaína, onde a engenheira atuou no setor de compras, para aquisição de todos os materiais.

A fase de gestão de obra me deu mais força para seguir firme na profissão, principalmente mostrando a outras mulheres que é possível liderarmos mesmo que os homens ainda estejam em grande número dentro dos canteiros de obras. Foi nessa fase também que aprendi a me posicionar melhor e construir uma relação de respeito com eles”.

A engenheira civil destacou desafios que, infelizmente, são enfrentados na profissão, como o assédio de várias formas, diferença salarial e falta de respeito quando as mulheres exercem cargos de confiança.

Sonhos          

Com a bota no chão, a Lorrany segue focada em alcançar novas experiências profissionais e seguir representando e lutando pelo crescimento das mulheres em sua área.

Meu desejo é ver os números crescerem e espero de verdade uma construção civil cada vez mais igualitária e acessível à mulher, desde os canteiros de obra até a gestão de tecnologias de ponta”, concluiu.