Sione Pereira de Oliveira e o cunhado Weliton Pereira Barbosa foram mortos a tiros na madrugada desta quinta-feira (14), em uma distribuidora, no Jardim Aureny III, região sul de Palmas. Sione é mãe da menina Luara, desaparecida desde janeiro de 2016. Os dois foram alvejados por um servidor da Secretária de Cidadania e Justiça (Seciju).
A polícia informou que o crime pode estar relacionado a uma discussão. A mãe de Sione, dona Gilsandra Oliveira, disse ao G1 que soube do assassinato após uma ligação nesta madrugada. "Eu fui avisada pela minha menina", disse emocionada.
Em nota à imprensa, a Seciju informou que o servidor agiu em legítima defesa, depois de ser surpreendido com uma paulada na nuca quando pagava uma conta em um comércio.
"Ao cair no chão, ele teria sacado sua arma particular e reagido, disparando contra os três agressores. Ele tem autorização para porte de arma, conforme legislação federal para agentes penitenciários", diz a nota.
A identidade dele não foi divulgada. Mas segundo a pasta, o servidor se apresentou espontaneamente ao 3º Distrito Policial (DP) de Palmas e, de lá, encaminhado ao 1º DP (Central de Flagrante), onde foi registrado o Boletim de Ocorrência (BO).
Em seguida, foi encaminhado ao IML para realização de exame de corpo de delito e, posteriormente, liberado.
A Seciju informou ainda que o servidor comunicou ao delegado plantonista que há algum tempo vinha recebendo ameaças e que, por conta disso, chegou a registrar BO. "Segundo ele, tais ameaças poderiam estar relacionadas ao fato dele ter se recusado a aceitar propina para colocar objetos ilícitos dentro da unidade prisional onde atuava" afirma nota.
Diante disso, por questões de segurança, a Seciju disse que vai remanejar, ainda hoje, o servidor de suas funções na unidade prisional para uma área administrativa. Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) será aberto para apuração dos fatos.