
Veronilia Marques de Aquino, 52 anos, luta há 33 anos para encontrar o filho mais velho, que hoje deve ter 38 anos. Em meados de 1987, ela ficou muito doente e precisou ficar internada no Hospital Dom Orione em Araguaína.
Na época, saiu de Araguanã e deixou o filho de 5 anos com o pai dela, que morava numa fazenda chamada Lua Nova, no Distrito de Novo Horizonte. No entanto, o avô teria entregado o menino a uma família e desde então ela não tem pistas sobre o paradeiro do filho.
Dona Veronilia contou ao AN que seu filho nasceu no ano de 1982 e foi registrado como Vitor Marques de Aquino. Ela relatou que depois de uma segunda gravidez ficou muito doente a ponto de perder os movimentos das pernas. Inclusive ficou um ano sem andar.
Na esperança de se tratar e voltar a andar, deixou Vitor com pai dela e ficou cerca de quatro meses internada no Hospital Dom Orione. Quando retornou do hospital, não viu mais o filho.
“Tive um filho e adoeci. Não andei mais, não cuidava mais nem de mim. Aí fui pra casa do meu pai. Aí um povo disse que ia cuidar de mim e me levaram para maternidade. E pedi pro meu pai que ficasse com meu filho. Nunca perdi a esperança de andar. Não perdi a esperança de encontrar meu filho”. Explicou.
Dona Veronilia conta que o pai dela nunca disse nada sobre o sumiço do menino. Ela descobriu na época por terceiros que o pai dela havia entregado o menino para uma família no Pé do Morro, hoje Aragominas.
“Não sei nem que mistério é esse. Mas ele não quer falar. É muito difícil, quando a pessoa toca no assunto desse menino ele fica intrigado com a pessoa. Não fala com a gente”. Desabafou.
Veronilia teve mais oito filhos e hoje mora em Araguaína. Ela conta que continua as buscas e tem esperança de encontrar o filho. “Quando comecei voltar a andar, a primeira coisa que fiz foi procurar meu filho. Tudo que eu faço é pra gastar na estrada pra ver se encontro ele. Trabalho na rua. Vendo bebidas. É muito difícil. É o mais velho de todos”.
“Nunca perdi a esperança. Tem dia que fico muito doente. Mas peço que Deus me ajude, porque eu tenho que encontrar ele”.
Dona Veronilia não sabe se o filho continua com o mesmo nome. Mas quem tiver informações, pode entrar em contato com ela pelo número 63’ 9 9250-2290. Ou com a filha Susi, pelo número 63’ 9 9226-2043.