Único governador do Brasil cassado por duas vezes (2009 e 2018), Marcelo Miranda demonstra força política ao reassumir o comando do MDB no Tocantins, seis meses após deixar a prisão. Ele diz estar entusiasmado, quer seguir em frente de cabeça erguida e agradeceu aos companheiros que foram leais nos momentos mais difíceis.

O ex-governador Marcelo Miranda reassumiu a presidência do MDB nesta quarta-feira, 9, cargo do qual estava afastado desde sua prisão pela Polícia Federal em setembro de 2019. E em fevereiro, após 147 dias de prisão, o ex-governador ganhou a liberdade, após decisão do STF.

Apesar das circunstâncias, na época Marcelo já demonstrava que ia ressurgir das cinzas, assim como a Fênix. Logo na saída, Marcelo Miranda rogou bênçãos de Deus sobre todos que o aguardavam do lado de fora. E recebido em casa pela deputada federal Dulce Miranda com festa, ao som da gospel “Minha Vitória Tem sabor de Mel”.

Embalado pelo ritmo da música “Vitória com sabor de Mel”, seis meses depois, Marcelo reassumiu a presidência do MDB de cabeça erguida.  Ao logo de todo o período que esteve afastado o partido foi comandado pelo Deputado Nilton Franco.  Entusiasmado, Marcelo garantiu apoio aos companheiros nas eleições municipais de 2020.

Marcelo disse estar entusiasmado, confiante e sereno, pronto para continuar os trabalhos iniciados por ele, quando assumiu a direção do partido em 2019.

“Quero dar continuidade e prosseguir serenamente de cabeça erguida, viajando pelo Tocantins, visitando as bases e promovendo a união de forças para o fortalecimento do partido”, declarou.

A investigação que levou a prisão dele é sobre o suposto desvio de R$ 300 milhões do governo estadual. Durante as apurações, a PF encontrou indícios de outros crimes, como lavagem de dinheiro, organização criminosa e até assassinatos, sequestros e torturas. Além do ex-governador, o pai dele e um irmão também são investigados. A família Miranda sempre negou todas as acusações.