
Uma denúncia reportada ao AN nesta terça-feira (15) aponta que uma médica e uma diretora de escola, ambas de Araguaína, tomaram irregularmente doses de vacina contra a Covid-19. O denunciante é um profissional de saúde que preferiu não se identificar, por temer represálias.
A prefeitura informou ter conhecimento dos fatos e deve encaminhar a denúncia ao Ministério Público Federal (MPF).
Conforme denúncia, a médica já tinha sido imunizada com as duas doses de Coronavac em 31 janeiro e 22 fevereiro. Mesmo assim, tomou uma terceira dose do imunizante da Pfizer no último dia 14 de junho.
Ainda de acordo com o relato, a outra mulher seria uma diretora de escola, que teria tomado duas doses da AstraZeneca em dias seguidos. Enquanto o Ministério da Saúde estipula o prazo de 90 dias entre as duas doses do referido imunizante.
A denúncia aponta que a diretora escolar tomou a primeira dose no dia 9 de junho na UBS da Vila Aliança e a segunda em 10 de junho, no Ginásio Poliesportivo Pedro Quaresma na Via Lago.
O denunciante relatou ainda que as duas mulheres agiram de má fé, pois teriam alegado aos profissionais de saúde que haviam perdido o cartão de vacina. E complementa que somente na hora de inserir os dados no sistema com CPF e número do SUS é que os casos teriam sido identificados.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Araguaína informou que já está ciente da denúncia e está apurando os fatos para tomar as providências necessárias.
“Caso seja constatada que as pacientes agiram de má-fé, recebendo mais de duas doses da vacina ou emitindo declaração falsa, descumprindo os protocolos do Ministério da Saúde, será apresentada denúncia ao Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal”.