O laudo parcial feito pelo Governo do Tocantins sobre a ponte interditada em Porto Nacional mostra que mergulhadores encontraram erosões nos pilares de sustentação da estrutura. A TV Anhanguera teve acesso ao documento, que aponta esta como uma das possíveis razões das fissuras que podem ser observadas na pista.
O assoreamento no leito do rio fez com que o concreto da base dos pilares cedesse e parte da estrutura de aço, chamada de armadura, ficasse em contato direto com a água. A corrosão do metal pode ter feito os pilares mudarem de tamanho e gerado as rachaduras que levaram a interdição da estrutura.
A laje da ponte está cedendo cada vez mais e o especialista diz que a passagem de veículos pesados poderia piorar a situação. "Quando os caminhões passam em cima da ponte, eles vão se deparar com este degrau, com este desnível na laje da ponte. Eles acabam gerando impacto neste degrau, neste dente da ponte. Isso aumenta as fissuras. Ao aumentar as fissuras, infiltra mais água", explica o engenheiro Daniel Iglesias.
O Governo do Tocantins afirma que parte dos danos foi causada pela formação do lago da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, em Lajeado. Antes de a barragem ser construída o rio passava em um nível mais baixo em relação aos pilares, com a inundação, a água encobriu parte da base da ponte.
O consórcio Investco, que administra a usina, disse que não tem informações sobre os fatos que levaram o governo a fazer a declaração.
O estado decretou situação de emergência na cidade. O decreto foi assinado no início da noite desta terça-feira (12). A medida autoriza Secretaria da Infraestrutura a contratar e realizar estudos, além de executar serviços como reparos e reformas.