A Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) pediu nesta terça-feira (4) a cassação dos mandatos do Governador Mauro Carlesse (PHS) e do vice, Wanderlei Barbosa (PHS). O parecer é assinado pelo procurador regional eleitoral Álvaro Manzano e foi encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
As informações são do Jornal do Tocantins, publicadas na noite desta terça-feira, 4. Além da cassação de Carlesse e Wanderlei, Manzano recomenda que o TRE declare a perda dos direitos políticos e que os dois fiquem inelegíveis por oito anos.
Segundo o JTO, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) foi ajuizada por Vicentinho Alves (PR) na eleição suplementar de junho deste ano. Contudo, após as duas derrotas sucessivas, Vicentinho desistiu do processo e o MPF deu sequência.
-O processo apura a suspeita de compra de apoio político através de emendas parlamentares e convênios, utilização de bens públicos móveis e imóveis, pagamento irregulares de despesas de exercícios anteriores e uso promocional de serviços de caráter social custeados pelo Poder Público. Destaca a reportagem.
A publicação do JTO cita ainda que Manzano aponta como prova empenhos (reserva no orçamento) no valor de R$ 7,9milhões em emendas parlamentares e convênios para festas em municípios práticas que "desequilibraram o pleito eleitoral". Também sustenta que o Palácio Araguaia foi usado para realização de diversas reuniões de campanha
O outro lado
Ao JTO, um dos advogados do governador Mauro Carlesse, Juvenal Klayber, afirma que seu cliente será inocentado quando ocorrer o julgamento do processo pelo Tribunal Regional. "Respeitamos o parecer do PRE, mas as provas dos autos não deixaram margem a dúvidas de que não houve qualquer ilícito. Confiamos de que o Colegiado do TER julgará improcedente a AIJE".
A relatora da ação é a desembargadora e corregedora Ângela Prudente.