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MPTO requer condenação de pecuarista que invadiu posto e saúde e tentou matar médico

Além do médico, o homem foi acusado de tentar mais duas servidoras da saúde.

Material apreendido pela PM em poder do suspeito
Foto: Ascom PMTO.

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) ofereceu, na sexta-feira, 25, denúncia criminal contra o pecuarista Lincoln Abrunhoza de Rezende Souza, de 64 anos, pela tentativa de homicídio de três servidores da saúde do município de Santa Maria do Tocantins. O crime aconteceu em 24 de dezembro do ano passado. 


Consta na denúncia que, no dia do crime, o acusado, de posse de duas armas de fogo e uma balestra (uma arma com um arco e flechas) dirigiu-se até o posto de saúde municipal para matar o médico Ricardo Magno de Miranda, motivado pelo ciúme provocado pelo contato de sua esposa com a vítima e pelo suposto mau atendimento de saúde prestado.


Ao chegar na unidade de saúde, Lincoln tentou ser atendido pelo médico e não conseguindo,  decidiu esperá-lo na saída da unidade. Ao avistá-lo fez disparos, mas o médico conseguiu adentrar novamente as instalações. 


Em perseguição, o acusado se deparou com a enfermeira Berenice Pereira Bequiman e, após esta se trancar dentro de uma sala, atirou contra a porta, acertando a sua mão. Já em fuga, fez disparos também na direção da auxiliar odontológica Ligia Pagan, não consumando o crime por circunstâncias alheias a sua vontade. 


O acusado foi abordado pela Polícia Militar quando tentava sair da cidade, e resistindo à prisão, ainda fez ameaças e efetuou disparos em via pública. 

Tribunal do Júri

Em razão dos crimes, a denúncia criminal, assinada pela promotora de Justiça Isabelle Figueiredo, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Pedro Afonso, requer que o acusado seja levado a Júri Popular e condenado por tentativa de homicídio das vítimas Ricardo Magno de Miranda, Berenice Pereira Bequiman e Ligia Pagan, qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas. 


Além disso, pede a condenação pelos crimes de ameaça, desacato e resistência à prisão perpetrados contra os policiais no ato da prisão.