Ação Policial

Mulher diz à polícia que teve corpo queimado por negar blusão de frio ao namorado

Vítima tem 35 anos, sofreu queimaduras no rosto, no tórax e braços e precisa passar por cirurgia.

Ocorrência foi registrada perto da Rodoviária de Araguaína.
Foto: AN

A mulher que teve o corpo queimado com gasolina, na manhã da terça-feira (1º) perto da rodoviária de Araguaína, foi ouvida pela Polícia Civil e contou uma versão diferente de seu namorado, suspeito pelo crime. A vítima relatou que foi queimada devido uma confusão por conta de um blusão de frio.

Quando foi preso, o suspeito Douglas da Silva Ribeiro disse que iria se matar, mas sua namorada tentou intervir e ela acabou se queimando.

A mulher tem 35 anos, sofreu queimaduras no rosto, no tórax e braços. Ela foi socorrida pelo Samu e segue internada no Hospital Regional de Araguaína. A vítima está estável, mas precisa passar por cirurgia.

A delegada Sarah Lilian Resende, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), ouviu a vítima e investiga o caso. Em entrevista à TV Anhanguera, ela explicou a versão da vítima.

"Segundo os relatos da vítima, o seu namorado jogou gasolina e ateou fogo devido a um desentendimento por conta de um blusão de frio. Ela estava usando um blusão e o autor pediu para que ela desse para ele. Quando ela negou, os dois estavam consumindo drogas e bebidas, ele descontrolado jogou gasolina e ateou fogo", contou a delegada.

Momentos depois do crime a Policiais Militares encontraram o suspeito caminhando pela rua 13 de maio, já na esquina com a Marginal Neblina. Ao ser preso ele alegou que iria se matar, tentou atear fogo em si mesmo, mas foi impedido pela namorada.

O suspeito já tinha passagens pela polícia por furto e receptação. Após o flagrante ele foi levado à Delegacia da Polícia Civil de Araguaína.

Violência contra mulher em Araguaína

Em 2021, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher a registrou 721 boletins de ocorrência de violência doméstica em Araguaína, uma média de 60 casos por mês. Os números seguem em alta, pois no primeiro mês de 2022 já são 67 ocorrências.

A delegada Sarah Lilian Resende reforça a necessidade de as vítimas denunciarem. "O que nós trazemos para as nossas vítimas hoje é que elas tenham coragem, que elas se libertem e que elas procurem ajuda”.