Delivery e Home Office estão entre as estratégias mais adotas
Foto: Reprodução

É certo que a pandemia do novo coronavírus impõem inúmeras restrições a sociedade de maneira geral, bem como submetem os empresários a grandes desafios na buscam da manutenção de suas atividades no Estado do Tocantins.

Atenta a isso, a Associação dos Jovens Empresários e Empreendedores do Tocantins (AJEE-TO) promoveu um levantamento de informações junto a seus associados entre os dias 14 e 23 de abril para identificar os principais problemas enfrentados e estratégias adotadas pelos empresários tocantinenses.

O levantamento feito pela AJEE-TO contou com a contribuição de cerca de 200 empresários de diversos segmentos e em várias cidades do Estado, onde 42,2% eram proprietários de Microempresas (ME), 23,1% são donos de Empresas de Pequeno Porte (EPP) e 13,9% são Microempreendedores Individuais (MEI).

Nova realidade

Sobre a situação das empresas durante o período de pandemia, a pesquisa indicou que 39,3% estão abertas com redução de equipes, 28,3% estão em regime home office, 19,1% fecharam as portas e apenas 11% está funcionando normalmente.

Dentre as estratégias alternativas que foram adotadas, 30,6% respondeu que não adotou nenhuma estratégia, 26,6 % admitiram o trabalho remoto (home office) e 19,1 % criaram ou terceirizaram o serviço de entrega (delivery). Os dados mostraram ainda que 8,1% dos entrevistados criaram sites ou adotaram o e-comerce.

Prejuízos e Impacto no Faturamento

Dos entrevistados 62,4% relataram grandes prejuízos, outros 25,4% tiveram pequenos prejuízos, quando se fala de faturamento e 93,1% dos entrevistados relataram que houve redução do faturamento durante a quarentena. O mais preocupante é que desse percentual 57,1% tiveram queda acima de 50% do faturamento médio.

Desemprego

Ainda em relação a nova realidade das pequenas empresas tocantinenses 46,2% já precisaram demitir, elas desligaram de um a dois funcionários em média. Desse grupo de empresas que já demitiram, o número total até o fim da pesquisa já era de 190 demitidos. A pesquisa também mostrou que 92,5% dos entrevistados acreditam que a retomada das atividades com os devidos cuidados poderá amenizar os prejuízos econômicos.

Exigências da OMS

72,3% dos empresários admitiram conhecer, estarem aptos e possuir estrutura física e financeira para atender as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) como prevenção a COVID e reabertura gradativa das atividades.

Acesso a Crédito

Sobre o acesso a crédito, 35,8% dos empresários pesquisados respondeu que já buscou por crédito (empréstimos e/ou financiamentos) em alguma instituição financeira. Os dados mostraram também que 37,1% respondeu que não encontrou nenhuma possiblidade de crédito, para 27,4% as linhas de crédito oferecidas são as mesmas de antes da pandemia, 22,6% recorreram ao crédito para Capital de Giro relacionado a Folha de pagamento Emergencial, 8,1% Capital de Giro Emergencial e 4,8% considerou que as linhas de crédito estão ainda mais caras.

“Diante desse resultado continuaremos buscando o diálogo tanto com os associados, quanto com a gestão municipal e estadual para sugerir formas de diminuir os impactos econômicos, também iremos buscar parceiros estratégicos para apoiar as empresas na busca por alternativas de crédito e remodelagem do negócio neste momento tão difícil”, explicou o Presidente da AJEE-TO, Renan Macedo.