Fernando Almeida/Araguaína Notícias

A Polícia Civil de Araguaína investiga a morte de um líder comunitário ocorrida na última sexta-feira, 8.  Segundo o Jornal Anhanguera, a principal suspeita é que o assassinato esteja relacionado a conflitos agrários.

De acordo com a reportagem do JA, o líder comunitário já havia registrado três Boletins de Ocorrência por ameaça de morte.   O caso está sendo acompanhado pelo presidente da Comissão de Relações Agrárias da OAB no Tocantins.  À TV Anhanguera ele falou sobre a possível motivação do crime.

"A gente entende por ter sido uma ocupação feita no ano de 2012, e que ela vem se prorrogando de lá para cá, segundos relatos dos membros da própria comunidade, por ter interesses envolvidos, que pode ter havido uma motivação de conflitos agrários, interesse pela posse da área", explica.

Genivaldo Bras do Nascimento, 36 anos, foi assassinado no povoado Gurgueia, a 20 km de Araguaína.  Seu corpo foi encontrado à noite, dentro duma rede e em um barraco de palha, com marcas de tiros na face. Ele era um dos líderes de assentamentos na região.

Populares relataram à PM  ter ouvido um tiro e em seguida avistado um homem fugindo por um matagal. Entretanto, autor do crime não foi localizado e nem a arma.  Pela marca do projétil na face, peritos acreditam ser de espingarda.  Somente o laudo poderá confirmar.

Genivaldo Bras do Nascimento foi assassinado enquanto dormia numa rede. Foto: Luis Ernandes

Este é o segundo caso recente de violência no campo ocorrida na região norte do Tocantins.  No mês de maio deste ano, um grupo do assentamento Sem-Terra Mata Grande,  que fica em Santa Fé do Araguaia, também foi atacado. “As famílias, que vivem às margens da TO-222, relataram que sete homens encapuzados e armados invadiram o acampamento e efetuaram disparos de arma de fogo,” relembrou a TV Anhanguera.