Redação/AN

Durante a XXIII Conferência Nacional da Advocacia Brasileira realizada nesta terça-feira (28) em São Paulo, a OAB Nacional homenageou o advogado de Araguaína Danillo Sandes Pereira, com um ato de desagravo póstumo. O evento teve mais de 20 mil inscritos, sendo considerado o maior no segmento jurídico do mundo.

A convite do presidente da OAB Nacional, Cláudio Lamachia, o delegado Rérisson Macedo, coordenador das investigações, participou do evento acompanhado da mãe de Danilo, Luzia Sandes e da irmã, Daniela Sandes.

Danillo Sandes foi brutalmente assassinado em função do exercício da advocacia no final de julho deste ano, em um crime que comoveu a advocacia em todo o Brasil.

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, foi enfático em suas palavras. "Esse é um dos mais representativos atos que a Ordem, em todo o seu sistema, poderia realizar para deixar claro e cristalino que não aceitaremos jamais qualquer desrespeito às prerrogativas da nossa profissão. Em um somos todos e em todos somos um, não há como e nem porquê ser diferente", apontou.

Em seu pronunciamento também fez considerações sobre o quão ilibado profissional foi Danilo Sandes. E enalteceu o trabalho desempenhado pela Polícia Civil do Estado do Tocantins, em dar pronta resposta a tão brutal crime cometido contra o estado democrático de direito, frisando que não há democracia sem liberdade.

Para o delegado José Rérisson Macedo, foi uma honra participar do evento que contou com cerca de 20 mil advogados.

"Foi um orgulho participar de tão valoroso evento, em meio a tantos operadores do direito, ao lado dos familiares do Dr. Danilo, pessoas que conheci a tão pouco tempo, mas que pelos quais nutru profundo respeito e admiração".

O homicídio do advogado tocantinense já havia provocado grande mobilização da classe. No maior ato em prol da advocacia já realizado no Tocantins, no dia 31 de agosto, o presidente Claudio Lamachia, vários membros da direção nacional e presidentes de seis estados da região Norte do Brasil promoveram uma grande marcha de conscientização da importância da advocacia.

O ato reuniu centenas de profissionais de Araguaína e do Tocantins. Na época, todos destacaram que Danillo morreu por não se curvar a cometer ilegalidades e por agir corretamente na sua profissão, sendo um exemplo positivo para toda a classe.