A Polícia Civil (PC) deflagrou na manhã desta quarta-feira, 3, operação contra o comércio ilegal de armas em Araguaína. O esquema, segundo a investigação, envolvia clube de tiros, empresários e CACs.
Ao menos 14 pessoas foram conduzidas à Delegacia suspeitas de envolvimento na atividade ilícita e quatro delas foram presas. A PC apreendeu um arsenal de armas, munições, celulares e extratos bancários.
A PC também deu cumprimento a mandados de buscas num clube de tiros. E o proprietário, que é sargento da PM e investigado, foi detido pela Polícia Civil. A operação batizada de Clandestino foi conduzida pelo delegado Felipe Crivellaro, da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR - Araguaína).
O delegado explicou que os suspeitos vendiam as armas legalizadas no mercado paralelo e depois registravam boletim de ocorrência de roubo ou furto. Em entrevista à TV Anhanguera ele detalhou.
"A pessoa que tem o registro de arma de fogo legalmente vende sua arma de fogo no mercado paralelo e vai na Polícia Civil e registra falsamente o furto ou o roubo dessa arma. A operação se iniciou dessa forma".
De acordo com o delegado Filipe, tais armas compradas legalmente acabavam nas mãos de criminosos
"O destinatário final dessas armas acaba sendo a polícia, num conflito armado. Porque essas armas e munições, uma vez colocadas no mercado paralelo, acabam chegando nas mãos de criminosos violentos que vão acabar confrontando com a polícia", disse o delegado à TV Anhanguera.