Ação Policial

Operação da PC-TO mira quadrilha que teria lucrado R$ 4 milhões com golpes de WhatsApp

A operação contou com a participação de dezenas de policiais civis e foi realizada no Tocantins, Goiás e Maranhão.

Catões bancários e demais mídias eletrônicas apreendidas pela Polícia Civil
Foto: Divulgação/SSP-TO

A Polícia Civil do Tocantins deflagrou a operação Male Habitu, nesta quinta-feira (16) para desarticular uma associação criminosa especializada em aplicar golpes, com a utilização do aplicativo WhatsApp. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas, Porto Nacional, Araguatins e Augustinópolis.

As investigações são da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), coordenadas pelo delegado-chefe da DRCC, Lucas Brito Santana. O delegado estima que os lucros auferidos pelos golpistas são estimados em mais de R$ 4 milhões de reais.

A operação também foi realizada nas cidades de Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Imperatriz (MA) e Timon (MA). Os Policiais civis deram cumprimento a 17 mandados de busca e apreensão em locais previamente identificados como possíveis residências de alguns dos investigados.

Durante a ação, foram apreendidos computadores, aparelhos celulares, cartões de crédito de bancos digitais, máquinas de passar cartão, HDs, além de outras mídias que estavam em alguns dos domicílios.

O crime

De acordo com o delegado Lucas Brito, trata-se, essencialmente, do crime de estelionato, na modalidade fraude eletrônica. Os golpistas se passavam por algum familiar ou amigo, passando a enviar mensagens para conseguir dinheiro.

Essa operação visa, sobretudo, combater o chamado golpe do WhatsApp, em que o autor se passa por um parente ou amigo e solicita valores às vítimas, as quais, induzidas a erro, acabam por transferir tais quantias, incorrendo em severos prejuízos financeiros.

Após a transferência, os proveitos ilícitos são imediatamente pulverizados, por meio de novas transferências, saques, pagamento de boletos falsos e outras transações. Vale ressaltar que essa prática criminosa ainda continua fazendo muitas vítimas no Tocantins e no Brasil”, ressalta o delegado.

Lucro da associação criminosa

O delegado Lucas estima que os criminosos tenham conseguido mais de R$ 4 milhões de reais com os golpes.

“Uma soma muita expressiva que pode ter sido amealhada pelos indivíduos, sendo que, até o momento, 36 pessoas estão sendo investigadas”

Ele explica ainda que a associação também possui uma divisão de tarefas.  “Alguns integrantes ficam responsáveis por identificar possíveis vítimas que e outros indivíduos participavam do esquema criminoso cedendo suas contas para onde o dinheiro das fraudes eletrônicas era depositado e depois repartido entre os autores”, disse o delegado.

 Apoio

A operação contou ainda com a apoio e participação de policiais das seguintes unidades de agentes da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC), de Palmas,  7ª DEIC de Porto Nacional, 2ª DEIC - Araguaína, 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa - Araguaína, DENARC - Palmas, Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT), de Palmas, 11ª DP, de Araguatins e 2ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Augustinópolis, além de equipes das polícias civis do Maranhão e Goiás. A ação também teve o apoio da Polícia Científica, por meio de peritos especializados em computação forense.

Todo o material apreendido será devidamente analisado, sendo que as investigações serão aprofundadas para que a Polícia Civil possa detalhar as condutas criminosas e identificar a conduta de outros autores envolvidos nas práticas dos golpes.