
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (18/3), a quarta fase da Operação Sisamnes com o objetivo de investigar crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva. A Operação foi deflagrada após ordem do STF-Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a TV Anhanguera, entre os alvos da PF estão um procurador de Justiça do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e um advogado que atua como assessor jurídico no gabinete deste procurador. E a PF cumpriu os mandados na sede do órgão em Palmas, e nos endereços dos investigados.
A decisão é assinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin. Além dos mandados, foram expedidas medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.
Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, frustrando, assim, a efetividade das deflagrações das operações policiais.
De acordo com o G1 Tocantins, a investigação começou em 2023, após a polícia identificar mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. “As mensagens tratavam de uma suposta compra de sentenças. O caso foi remetido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que acionou a Polícia Federal.”
Nota do MPTO
O Ministério Público do Tocantins informa que, até o momento, não teve acesso à decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, que determinou a operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18) em desfavor de um procurador de Justiça e de um assessor. Diante disso, a instituição não irá se manifestar neste momento.